Não tenho nada contra o papa, e o vejo como um grande líder de uma grande parte do cristianismo e o respeito como tal. Admiro o papa Francisco por muitas de suas posições em defesa da fé cristã.
Condeno os defensores dos movimentos LGBT quando acusam a nós cristãos de homofóbicos e dizem que não podemos defender nosso ponto de vista contrário ao casamento gay porque o Brasil é um país laico.
O fato do Brasil ser um pais laico não nos impede de termos liberdade de expressarmos nossas opiniões ou que símbolos religiosos sejam ostentados em locais públicos. Como protestante não vejo problema algum em ver um crucifixo afixado no STF.
No entanto, dinheiro público não pode ser utilizado num evento eminentemente particular e religioso como o Encontro Mundial da Juventude.
Fica aqui o meu protesto!
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2 comentários:
Prezado Laguardia
Compreendo a sua indignação. Contudo você não analisou alguns pontos que são importantes.
Em primeiro lugar - não existe governo bonzinho (exceto quando se trata de ser indulgente consigo mesmo). Você acha que o governo, de qualquer esfera, desembolsa uma soma de dinheiro sem querer nada em troca?
Mais de 1 milhão (estão falando em 2 milhões, mas eu acho que não chega a isso...) de pessoas estão previstas para desembarcarem no RJ. Com elas, uma soma vultuosa de dinheiro ficará no comércio local, no aeroporto (as taxas de embarque...), na rede hoteleira (algumas pessoas não ficarão em alojamentos) e em outros setores.
Na Espanha a JMJ rendeu € 354 milhões, mais de R$ 700 milhões, com apenas 500 mil peregrinos. Tudo isso ficou na cidade de Madri e redondezas. Os peregrinos vêm e não voltam imediatamente, sobretudo americanos e europeus que estão gozando as férias de verão. Ou seja, mais dinheiro entra por mais tempo.
http://oglobo.globo.com/rio/em-madri-lucro-da-jornada-da-juventude-superou-transtornos-7877513
Portanto, o que o governo está fazendo é investir.
Acrescento ao comentário do Danilo as seguintes ponderações:
I - o Estado não pode ser desvinculado da sociedade a quem ele serve, sob perigo de fundar uma estatolatria. Já sabemos o resuldado nefasto disso, em países comunistas.
II - além disso, a sociedade brasileira, a quem serve o Estado brasileiro, é constituída (ainda) de uma maioria católica e contribuinte. A maior parte do "dinheiro publico", pelo qual tanto se chora nesse uso da JMJ é oriunda de contribuições de católicos.
De (I) e (II), não vejo prlblema alguma no emprego desse dinheiro público num evento que - sim, é particular e religioso, porém envolve significativo número de participantes, o suficiente para justificar a participação do Estado no mínimo garantindo sua segurança.
Você também mencionou os homossexuais. Antes de protestar tão veemente (!) contra essa participação estatal na JORNADA (não Encontro) Mundial da Juventude, poderia protestar contra as generosas contribuições públicas à realização de eventos LGBT, seja "congressos", paradas gays, e outros mais questionáveis.
Também sou cristão e por isso não protestaria como você se fosse um evento protestante. Merecemos, os cristãos, toda e qualquer contribuição governamental aos nossos eventos,muito mais que as minorias barulhentas dos "oprimidos" de araque amplamente favorecidos por esse desgoverno esquerdista.
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