terça-feira, 27 de outubro de 2009

Finalidade das Escolas Confessionais


Por ser Protestante, sempre tive contato e estudei, a maior parte de minha vida academica, em escolas confessionais, isto é escolas pertencentes a alguma denominação, em geral protestantes.

A principal motivação das escolas confessionais, e aí incluo também as escolas católicas e israelitas, é prover uma educação de acordo com a religião mantenedora.

No meu tempo as escolas públicas tinham aulas de religião católica e a liberdade religiosa nestas escolas não era bem aceita. Já as escolas protestantes eram mais receptivas para com os alunos de outras religiões, inclusive os alunos israelitas.

No entanto, o que me chama a atenção é que alguns dos terroristas que hoje fazem parte do governo federal ou que lutaram por um regime ditatorial no Brasil, passaram numa época ou outra por estas escolas.

Daí a minha pergunta. Onde é que nós erramos? Escolas que deveriam formar alunos que acreditavam em Deus e que deveriam ter aprendido os princípios de ética, honestidade e moralidade, se desviaram completamente, abraçando o ateísmo, incentivando a ditadura, abandonando a ética, a honestidade e a moralidade.

2 comentários:

"Política sem medo" disse...

Engracado Laguardia eu vivi na epoca do Regime Militar e nunca me senti sem liberdade de acao, no entanto aquelas pessoas que combatiam e enfrentavam os militares,por odio,procuraram fazer tudo ao contrario do que eles determinavam,ou seja, ordem e progresso passou a ser coisa que devia ser combatidos.Passaram entao a querer mostrar uma libertinagem que no entender deles e liberdade e as aberracoes vieram como consequencia. Aqueles que estao no poder nao sao nada mais do que os bandidos comuns com sede de ganho facil sem trabalhar. Eles nao sao gente como nos, com consciencia e nocoes de altruismo, inerente aos seres humanos. Portanto para quem e bandido nao tem desculpas, eles sao os culpados de tudo o que de pior esta acontecendo, nao as escolas. Essas sao as mesmas nas quais nos estudamos, boas ou mas.

Marc disse...

Laguardia,
Muito me entristece o preconceito contra os ateus; hoje em dia estou ateu, más nada impede que possa mudar de idéia.
Sou, por batismo, católico ortodoxo russo; tive minha fase obrigatória de missas, de ser acólito (vulgo coroinha) do Bispo da Catedral Ortodoxa de Genebra, na Suiça;com direito à escola de catecismo inclusive.
Minha família, por parte de pai, é Calvinista; Meu pai converteu_se ao Catolicismo e era a ovelha negra que renegou a Reforma.
No Brasil, para onde imigramos em 1952, continuei minha vida religiosa obrigatória até os 18 anos; essas obrigações todas podiam, na época, serem para mim,revoltantes.
No Brasil, cursei o primário em instituições religosas católicas, onde a tolerancia com outras denominações cristãs
não eram lá essas coisas; de Ortodoxos ninguém sabia o que era e os reformistas eram considerados filhos de Belzebú.
Ou você era católico ou ia arder para toda a eternidade nas chamas do inferno.
Voltando ao início: sou ateu, más não sou ateu radical; não sou anti-clerical pois penso que pastor ou padre são, antes de tudo, seres humanos, com toda a carga de felicidades e misérias inerentes ao gênero.
Reconheço que a educação que recebi, baseada nos ensinamentos de Cristo, foi de extrema importancia para minha formação moral e ética.
Sou eminentemente técnico de formação academica, más humanista por escolha: de Aristóteles a Agostinho e outros, li de tudo. Os comunistas entraram no meio também.
Apesar de ateu, sou visceralmente anti comunista e contra tudo o que de anti-ético grassa impunemente no universo de nossos "líderes".
Meu avô materno, meu tio paterno, meu pai, deram o melhor de si para combater essa praga que se chama comunismo; infelizmente faleceram antes de ver a debacle da URSS.
E não vão ver a desgraça que vai despencar sobre a América Latina, ainda bem!
Por hoje, é isso aí.
Um abraço fraterno de Marc