sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dilma precisa mostrar ao que veio!

Lançado em março de 2010 com discurso da então pré-candidata à presidência Dilma Rousseff, a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC2, desapareceu na burocracia do governo da petista. 

Propalada durante a campanha eleitoral, a implantação de centenas de unidades de pronto atendimento (UPAs) não saiu do papel. Na mesma situação, encontram-se também a construção de unidades básicas de saúde e a implantação de postos de polícia comunitária e de espaços integrados de esporte, cultura, lazer e serviços públicos, as chamadas "praças" do PAC. Fonte: Estadão

Até agora, depois de 100 dias de governo, além de viagens ao exterior e a desastrosa intervenção na Vale, o governo Dilma ainda não mostrou serviço.

Como diz a reportagem do Estadão, as obras da vitrine do governo lulo petista, o PAC, continuam emPACadas.
A corrupção continua desenfreada e impune. Diversas pessoas sendo processadas por corrupção e procedimentos anti éticos foram nomeados ministros e ocupam cargos importantes na república, como é o caso de Antônio Palocci, Ministro Chefe da Casa Civil.

A investigação da Policia Federal sobre o tráfico de influência na Casa Civil quando Dilma Rouseff e seu braço direito Erenice Guerra eram Ministras Chefe estão também emPACadas, um forte indício que realmente recursos oriundos de corrupção foram usados na campanha eleitoral da atual presidente.
Enquanto isto o povo continua sofrendo com a falta de recursos para prover suas necessidades básicas.

Um comentário:

Ricardo Froes disse...

O medo paleolítico
Vivemos os tempos das indignações. Quem não está danado da vida, está com medo da Polícia Federal descobrir que está envolvido em alguma maracutaia. Entre os indignados, cada um tem sua fantasia particular - explodir Brasília, transformá-la em um lago ou mesmo enforcar todos os políticos em praça pública - e muitas críticas aos parlamentares, governadores, juízes, etc..

O problema é que toda essa nossa raiva, a dos indignados, plenamente justificada, nos leva a uma situação de perda quase total do bom-senso. Estamos reagindo tal e qual o homem das cavernas quando se via acuado por alguma fera: o pânico e o instinto de sobrevivência estreitavam sua visão, inundavam seu cérebro com a adrenalina que acelerava as pulsações e aumentava sua pressão sangüínea, que o fazia partir para um contra-ataque desesperado e desprovido de qualquer racionalidade. Se pararmos para refletir - sei que não há mais muito tempo para isso -, vamos ver que as reações neandertais não vão nos levar a lugar nenhum, até porque, ninguém vai ter coragem de atear fogo em Brasília. Não há mais nenhum Nero de plantão.

Se voltarmos um pouco, até a campanha para o terceiro reinado lulopetista, é fácil constatar o porquê do êxito dos governistas nas eleições, apesar do envolvimento de quase todo o PT em maracutaias diversas, outrora mais que suficientes para derrubar vários presidentes, quanto mais para dar votos que elegessem algum. As formiguinhas petistas trabalharam incansável e impecavelmente unidas em torno de idéias, entre elas, indiscutíveis, por mais estapafúrdias que fossem. Cada escândalo protagonizado por alguém da tropa de Lula era imediatamente minimizado por elas, que criavam logo um bode expiatório (lembram de Francenildo, o caseiro?) e contra-atacavam inventando uma história qualquer envolvendo alguém da oposição. Isso tudo em uníssono, daí o sucesso eleitoral espantoso desse fracasso político-administrativo que é o atual governo.

Não quero dizer com isso que devamos nos unir através de objetivos néscios, como o fizeram as formiguinhas petistas por falta de capacidade de raciocínio, mas hoje, a união é fundamental entre os indignados com o atual estado de coisas, principalmente porque não há mais oposição a nada, já que até tradicionais inimigos políticos estão se abraçando entre si em torno de um bem comum - entre eles -, o dinheiro e o poder, fartamente distribuídos sob nossos auspícios, numa demagogia igualzinha ao que é a Bolsa-Família. Pode soar estranho um libertário como eu pregar a união entre pessoas, mas ela é hoje a única maneira disponível para a manutenção da democracia, para a segurança de seu pleno desenvolvimento e conseguintes soluções para os problemas que tanto nos indignam. Em um país onde há, oficialmente, 35% de analfabetos, entre totais e funcionais, e em que não há perspectivas de melhora dessa taxa, a vontade do povo é facilmente distorcida pelos interessados até se transformar na vontade do governo, em virtude da incapacidade de discernimento da massa. Obviamente que, a esse poder dos inescrupulosos, a educação do cidadão não é interessante e, a continuar as coisas como estão, esse número só tende a aumentar até transformar o Brasil em um imenso pasto onde ruminarão, solenes e plácidos, os rebanhos cevados pela ignorância oficial imposta.

É preciso converter essa indignação, esse ímpeto destrutivo e esse medo paleolítico em idéias que nos permitam ser notados, ouvidos e respeitados e, para isso, a união é fundamental. Seria um bom exercício de humildade reconhecer a vantagem que a situação leva - mesmo sem idéias factíveis - pela coesão que apresenta. Não custa nada tentar seguir o exemplo deles, deixar de desperdiçar as individualidades que clamam pelas mesmas coisas que se perdem por egoísmos vãos e concentrar esforços em benefício do país e da democracia.