Pronunciamento do Colégio Episcopal sobre o projeto de lei acerca da homofobia
O Colégio Episcopal da Igreja Metodista reunido em São Paulo, nos dias 11 e 12 de abril de 2007, cumprindo sua responsabilidade pastoral, tendo em vista a tramitação do projeto de lei no Congresso Nacional sob nº 5003 de 2001, que criminaliza toda e qualquer manifestação contra a opção sexual do homossexualismo, chamada de “lei contra a homofobia”, vem diante do seu rebanho pronunciar-se acerca do tema da seguinte forma:
1) Reconhece que há na sociedade brasileira manifestações de natureza discriminatória de todo tipo, e inclusive contra as pessoas homossexuais. Tais manifestações não fazem justiça aos direitos individuais, nem, tão pouco, à tradição cristã de reconhecer qualquer ser humano como criatura divina e ao mandamento bíblico de amar o próximo como a si mesmo.
2) Entende que esta liberdade individual, de aceitar uma sexualidade homossexual, não a torna correta por si mesma. Tampouco impede que quem dela discorde, expresse sua opinião contrária. Numa sociedade democrática se reconhece o direito de escolha, mas também nesta sociedade os valores individuais, e mesmo de segmentos, não podem se impor sobre os valores de outras comunidades específicas, por exemplo, as Igrejas Cristãs. Assim, tal lei ora em discussão retomaria os princípios de censura de consciência e opinião típicas do fascismo e das ditaduras que tantos males causaram à humanidade.
3) Afirma o ensino Bíblico de que Deus criou homem e mulher, e esta é a orientação sexual reconhecida pela Igreja. E este mesmo ensino Bíblico classifica como um pecado a prática do homossexualismo. Deste modo, é inalienável o direito da Igreja de pregar e ensinar no privado e no público contra a prática homossexual como um pecado e desobediência aos ensinos de Deus. O fato da Igreja compreender o homossexualismo desta maneira não a impede de receber, acolher e dialogar com os homossexuais. A Igreja quer, no entanto, preservar o seu direito de questionar a conduta humana, qualquer que seja ela, inclusive a conduta homossexual, de modo a poder desempenhar sua missão de pregar a reconciliação do ser humano com Deus, com o seu próximo e consigo mesmo.
O Colégio Episcopal reafirma o seu compromisso com os valores do Reino de Deus, conforme estabelecidos na Escritura Sagrada, e exorta a Igreja no sentido de acolher todas as pessoas com amor, na busca de uma vida plena.
São Paulo, 12 de abril de 2007.
Bispo João Carlos Lopes – Presidente
Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa – Vice-Presidente
Bispo Adonias Pereira do Lago – Secretário
Bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann
Bispo Adriel de Souza Maia
Bispo Roberto Alves de Souza
Bispa Marisa Freitas Coutinho
Bispo Adolfo Evaristo de Souza
Bispo Stanley da Silva Moraes
Bispo Geoval Jacinto da Silva
Bispo Nelson Luiz Campos Leite
Um comentário:
Laguardia, um adendo:
Não só é o ensino Bíblico que afirma que Deus criou homem e mulher, e que esta é a orientação sexual reconhecida.
A Constituição Brasileira também o faz, e é tão clara quanto a Bíblia.
Aliás, os petralhas, no mais puro stalinismo, querem impor o fim dos preconceitos pela força das leis mais absurdas que conseguem elaborar. Isso não é coisa que se imponha, é impossível: eles são inerentes ao ser humano. Possível é apenas tornar ilegal a manifestação do preconceito. Vendo alguém pela primeira vez, fazemos, conscientemente ou não, um julgamento automático: aprontamos uma ficha mental, avaliamos a roupa, a idade, o estado dos dentes, a fala, os trejeitos, e por aí afora.
Veja, por exemplo, em que se baseiam os que defendem a tal cartilha que ensina errado: no preconceito. Acham que a norma culta é elitismo, quando é exatamente o contrário: elitismo é deixá-la ao alcance de poucos, como tem sido a política do PT.
De incoerência em incoerência, de cerceamento em cerceamento e de burrice em burrice, o PT nos guia celeremente para o fundo do poço.
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