Sob sol forte, um homem passou 20 horas caído na calçada do pequeno pronto-socorro da Barra Funda, à vista de todos os funcionários do lugar, sem ser atendido.
Miguel Centurion, 37, é morador de rua, como o homem que morreu em abril do ano passado na frente do mesmo pronto-socorro, depois de passar o fim de uma tarde e uma noite inteira na calçada.
No pronto-socorro Álvaro Dino de Almeida, um atendente disse que o local não pode pegar pessoas da via. Ele afirma que pacientes que estejam na rua precisam chegar com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Fernando Nascimento, 33, que mora ao lado do pronto-socorro, diz que ligou para o Samu para pedir que levasse o homem até dentro da unidade. A resposta foi negativa, porque o paciente estava no local de destino. Fonte: Folha.com
Até onde chegou o nosso descaso para com a vida humana. Até onde temos colocado a burocracia em primeiro lugar. Não importa se é um morador de rua ou um alto funcionário do governo em Brasília. É um ser humano que necessita de auxílio, de socorro.
Ser abandonado numa calçada por 20 horas sem atendimento médico é um absurdo impensável. Tanto dos funcionários do hospital, como dos que passavam ao largo vendo aquele homem ali abandonado, como de todos nós que estamos anestesiados com relação ao sofrimento de nossos semelhantes.
Quero ver se a presidente Dilma Rousseff também vai tomar providências e mandar apurar este caso, ou se estas medidas só se aplicam as elites deste nosso Brasil.
O governo que pertence ao partido que se diz "dos trabalhadores" nada faz pela população que sofre a não ser cuidar de seus próprios interesses pessoais.
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