quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Esta atitude de Alckmin é inaceitável

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu ontem o deputado estadual tucano Celso Giglio, que está interinamente como presidente da Assembleia Legislativa, apesar de ele ser considerado ficha-suja pela Justiça Eleitoral. Fonte: Folha.com

Sobre o representante eleito pelo povo não pode pairar nem sombra de dúvida com relação ao seu comportamento ético e moral.

O deputado estadual Celso Giglio, considerado ficha-suja pela justiça eleitoral, deveria ter vergonha na cara e renunciar ao mandato, e Geraldo Alckmin, em lugar de apoiar o deputado, deveria estar pedindo a sua renúncia e expulsão do partido.

Esta atitude de Alckmin de defender um ficha-suja é inaceitável.

Não podemos mais continuar sendo coniventes com a corrupção e a falta de ética neste país, principalmente por parte de representantes do povo que deveriam ser exemplo de conduta ilibada.

8 comentários:

Daniel Ravena disse...

A temperança é uma virtude a ser sempre buscada. Faz tempo que eu digo que a Lei da Ficha Limpa não representa só avanços. Ela também cria injustiças. É o caso do tal deputado. Creio que jogar todas as pessoas na vala comum da "ficha suja" é um erro que depõe contra o sendo de justiça. Ora, um condenado por desvio de verba pública é tão execrável quanto um político que durante sua administração avançou 0,5% do teto legal para gatos com funcionalismo? Creio que não. No caso, o deputado não foi condenado pela justiça, mas teve suas contas como prefeito rejeitadas pela Câmara Municipal. Detalhes: os problemas nas contas são de ordem técnica e não moral (vale dizer, não trata de desvios ou uso irregular de dinheiro público) e o então prefeito não tinha apoio dos vereadores. Para ser ter uma boa dimensão das distorções que a LFL provoca, um prefeito corrupto, cuja administração é marcada por desvios de verbas públicas e uso irregular do erário, mas com maioria na Câmara pode ter suas contas aprovadas e ficar "limpo". Todavia, um prefeito honesto, cuja administração teve problemas de ordem técnica apontadas pelo TCE, mas que conta com uma minoria na Câmara, pode ter suas contas rejeitadas e ficar "sujo". Foi o que ocorreu com o deputado.

Abraço.

Laguardia disse...

Na minha humilde opinião não pode pairar sobre o representante do povo nenhuma suspeita sequer de comportamento anti ético. O representante do povo, quando houvr qulauer suspeita, deve se afastar do cargo até que tudo fique esclarecido junto a justiça, só então deve voltar ao cargo.

Anônimo disse...

Concordo, porém a rejeição das contas pelo Parlamento (no caso a Câmara Municipal) é um julgamento, político e, para mim, pouco ou nada revelador sobre s ética do administrador. Uma situação hipotética: imaginemos FHC tendo suas contas aprovadas ou rejeitadas por um Congresso Nacional com ampla maioria petista. O resultado é certo. Felizmente, esse tipo de coisa está restrita à esfera municipal. Sei o que é um julgamento político e - injusto - das contas porque participei disso na cidades de Amparo, onde atuei como Procurador Municipal. Creio que, nesse caso específico, a LFL presta um desserviço à democracia. Veja que rejeitar as contas do adversário político, com a lei, passou a ser um dos expedientes utilizados para se livrar do embate plural e democrático. E isso tem a ver com todos nós. Com a maioria na Câmara, qualquer partido se livra de um desafeto. Pense nisso, colega. Bom trabalho e à luta.

Daniel Ravena disse...

Concordo, porém a rejeição das contas pelo Parlamento (no caso a Câmara Municipal) é um julgamento, político e, para mim, pouco ou nada revelador sobre s ética do administrador. Uma situação hipotética: imaginemos FHC tendo suas contas aprovadas ou rejeitadas por um Congresso Nacional com ampla maioria petista. O resultado é certo. Felizmente, esse tipo de coisa está restrita à esfera municipal. Sei o que é um julgamento político e - injusto - das contas porque participei disso na cidades de Amparo, onde atuei como Procurador Municipal. Creio que, nesse caso específico, a LFL presta um desserviço à democracia. Veja que rejeitar as contas do adversário político, com a lei, passou a ser um dos expedientes utilizados para se livrar do embate plural e democrático. E isso tem a ver com todos nós. Com a maioria na Câmara, qualquer partido se livra de um desafeto. Pense nisso, colega. Bom trabalho e à luta.

Laguardia disse...

No caso em tela as contras foram regeitadas pela Justça Eleitoral

Daniel Ravena disse...

Não, foram rejeitadas pelo TCE e pela Câmara Municipal.

Daniel Ravena disse...

A justiça eleitoral considerou o candidato enquadrado na lei da ficha limpa em razão das contas rejeitadas pela Câmara, mas mal julgou as contas, até porque não tem competência para isso. Abraço.

Daniel Ravena disse...

Digo: mas não julgou...