Tenho ouvido muitas pessoas dizerem que a eleição de Dilma Rousseff significa continuidade do governo atual, mas continuidade de que?
Relembrando o passado recente, verificamos que o grande salto que o Brasil deu em termos de estabilidade econômica e avanços sociais, se deu com o Plano Real, instituído por Itamar Franco e FHC, em 1994 porque derrubou a inflação de índices de até 83%ao mês, para os atuais 5% ao ano.
Este plano, inicialmente tão combatido por Lula e o PT, continuou com o governo FHC e o governo Lula, tanto que em 2002, Lula divulgou uma carta a nação se comprometendo a manter o Plano Real e suas conquistas. Cumpriu sua promessa ao indicar como Presidente do Banco Central do Brasil, com a incumbência de dar continuidade ao Plano Real, o banqueiro e deputado federal do PSDB, Henrique Meireles, que continua no cargo até os dias de hoje.
No campos social, Lula deu continuidade aos programas sociais iniciados em governos anteriores, unificando-os com o nome de Bolsa Família.
No campo das obras, fez a mesma coisa, unificando obras governamentais já em execução e planejadas por governos anteriores com o nome de PAC.
Os avanços conquistados pela economia brasileira estão consolidados e independente de quem assumir o governo, não serão mudados. O mesmo se dá com os avanços sociais conquistados e em andamento. Portanto, qualquer um. e não só Dilma, darão continuidade aos avanços economicos e sociais já em andamento bem como a novos avanços.
Resta portanto a continuidade do que é negativo no governo lulo petista, ou seja:
a) A falta de comportamento ético por parte do governo
b) A corrupção institucionalizada e generalizada que tomou conta de nosso amado Brasil
c) A impunidade dos chamados crimes de colarinho branco, praticados por políticos.
d) A falta de respeito as nossas leis e constituições, que já renderam a Lula e a Dilma mais de seis condenações
e) A continuidade dos mensalões e troca de favores por apoio político no congresso nacional
f) A implantação de leis abomináveis como a descriminalização do aborto, a regulamentação da profissão de prostituição, a lei da homofobia, a censura a imprensa e a liberdade de expressão e outras mais descritas no programa de governo do PT e no Plano Nacional de Direitos Humanos.
g) Continuação da aliança com o que há de mais podre em nossa política, como a aliança com políticos notoriamente corruptos como José Sarney, Newton Cardoso, Paulo Maluf, Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello, Jader Barbalho, Roseana Sarney e tantos outros.
Não é este o tipo de continuidade que queremos para o Brasil. Pelo contrário, o que todo o cidadão honesto deseja é o fim destes desmandos.
2 comentários:
Eu diria, Laguardia, que o pouco que o Brasil ainda avança hoje, o faz apesar do Lula e não por causa dele.
Há oito anos, o atual governo herdou de FHC uma estrutura sócio-econômica prontinha para que se desse um grande salto, apesar da insanidade dos petralhas em chamar o belo presente de “herança maldita” ou acusar uma inflação galopante inexistente, como vociferou O Poste recentemente.
E o que fez Lula, tomado por desvarios populistas e deslumbramentos com o poder, além de ter conseguido a proeza de piorar o que ainda era ruim e estragar o que era bom?
Meirelles no BC é apenas um motorneiro de bonde que não sai dos trilhos do Plano Real nem por decreto. É um seguidor ultra-ortodoxo das teorias econômicas do governo anterior, as quais não mudou uma vírgula. Acontece que a fila andou e Meirelles não viu ou não quis ver, até porque a sua situação de ministro da Fazenda dos bastidores não lhe permite atropelar Mantega, o fantoche que é o ministro pró-forma. Oito anos se passaram e muita coisa mudou no mundo - na economia principalmente - e como tudo, o Plano Real já precisa de uns ajustes faz tempo, aliás, à época, já previstos por Pedro Malan.
Alie-se a isso um Legislativo totalmente inoperante e incapaz de legislar sobre determinadas matérias, por ignorância coletiva e falta de vontade política, o que faz com que as leis econômicas, trabalhistas e tributárias sigam cada vez mais anacrônicas. O resultado disso é uma capacidade de progresso cada vez mais limitada, o que já nos levou, neste ano, a voltarmos a exportar mais matéria prima do que manufaturados, uma regressão nada desejável e nem compatível com o nosso potencial.
Estas são apenas as causas mais básicas do caos que nos aguarda. E se levarmos em conta as centenas de milhares de nomeações para cargos públicos, os déficits nas previdências, os superfaturamentos do PAC, entre outros, não vamos ter que esperar muito
Postar um comentário