terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O que fazer?

Todos os dias lemos nos jornais e revistas sobre os absurdos que são cometidos por nossos políticos no que toca a honestidade, ética e moral.

Centenas de blogs, como este, estão diáriamente externando sua indignação diante do que acontece no Brasil.
No entanto, nada ou pouco acontece.

Nossos "representantes" continuam se servindo do povo em benefício próprio e se reelegendo a cada ano, como se fossem exemplos de retidão honestidade e comportamento ético.
Ficar apenas externando nossa indignação via internet e blogs tem surtido pouco ou nenhum efeito sobre a grande massa de eleitores.

O que fazer?
Eu sinceramente não sei.

Gostaria de ver marchas de protestos nas ruas como estamos vendo em alguns países, exigindo honestidade, ética e decência.
Nossa oposição, também comprometida com este estado de coisas não age efetivamente. É uma oposição que só está em busca de poder e benefícios próprios.

Precisamos formar lideranças sérias que conduzam o Brasil para o lado da ética e da honestidade.
Enquanto isto continuo externando minha indignação sem saber o que mais pode ser feito.

Idéias são bem vindas.

Um comentário:

Ricardo Froes disse...

Como você pode notar, Laguardia, não há ideias. O que há é um desânimo generalizado, uma espécie de entrega de pontos de quem, como nós, tem a certeza de que está tudo errado neste país e que, muto ao contrário do que pregam Lula e seus asseclas, o Brasil foi quase destruído – e não construído, como eles querem nos empurrar goela abaixo – nos últimos oito anos.

Talvez essa destruição não possa ser medida em cifrões porque ainda há pessoas que trabalham por aqui que, apesar da catástrofe do último governo, são as únicas responsáveis pela economia razoável do país, se bem que eu duvide que os números fornecidos oficialmente sejam confiáveis.

A destruição foi moral e ética. Perdeu-se totalmente a noção de valores, de ridículo, de bom senso. A honestidade nem mais virtude é porque passou a ser coisa de otário: quem não se locupleta nessa farra, passa por tal.

E nós somos os otários da vez, Laguardia. Ficamos nos nossos blogs a pregar a decência, quando os indecentes estão no poder, ricos e bem melhores do que nós. Perdemos nosso tempo ao mandar e-mails cobrando atitudes de políticos, mas somos recebidos e respondidos por um borra-botas qualquer, assessor do assessor, que na maioria das vezes nem sabe escrever direito. Somos solenemente ignorados por quem dedicamos a nossa confiança através dos nossos votos.

Desistir? Quem sabe um dia? Por enquanto ainda não, apesar do desânimo com um estado de coisas a tal ponto surreal que a ideia mais simples passa a ser uma utopia por falta de material humano confiável para executá-la. Como disse, se não me engano, Monteiro Lobato, “o Brasil é um deserto de homens e livros”. E a nós, Laguardia, que não nos rendemos às tentações imorais das facilidades oferecidas pelo governo, só restou a opção de ser como Diógenes, que fez da pobreza extrema uma virtude e perambulava pelas ruas de Atenas carregando uma lamparina durante o dia alegando estar procurando por um homem honesto.

Por enquanto só o desânimo.