sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Visão do Leitor

Blogger Ricardo Froes disse...
Grande país separa-se do Brasil

Walner Barros Spencer

Grande parte da Pátria Brasileira está de luto no dia de hoje. Luto fechado que envolve aos homens e as mulheres decentes, honestos, honrados, trabalhadores e dignos. Não, certamente, pela perda de uma eleição, fato comum e obrigatório em um regime democrático. Mas, indiscutivelmente, pelo desabusado roubo da boa fé do cidadão comum, pelo contumaz avacalhar de suas mais prestimosas instituições jurídicas, pelos deboches e escárnios em relação às leis que asseguram a liberdade de ser e pelo escarrar gosmentoso e pútrido de gestos e palavras, ditas e feitas por autoridades nacionais cujas mentes estão doentias e pervertidas pelo poder.

Não vou chorar o leite derramado, pois não é de meu feitio. Não vou ser tomado pelo desespero, pois não é de minha índole. Não vou fazer como se nada tivesse acontecido – pois minha personalidade não o permite. E, afinal, aconteceu algo muito grave e que terá profundas conseqüências nos anos vindouros.

Houve um assalto, um roubo ao meu dinheiro e ao dinheiro de todo o cidadão que paga qualquer imposto, por menor que seja. O mandatário maior do país não teve vergonha, nem pejo, nem constrangimento, nem contenção alguma de usar o bem público – que é da totalidade das pessoas – para alavancar, comprar, corromper, malversar, enganar, pressionar, amedrontar os seus concidadãos, a campanha de sua candidata. Não lhe passou pela cabeça em momento algum que isso era errado, pois quase a metade dos eleitores, cerca de 60.000.000 de pessoas votou em outro candidato. Isto não é um tratamento de igualdade. Fere a Constituição, constituição que virou um capacho aos pés do sindicalista megalomaníaco.

Mas, dirão, a democracia tem outros freios, outras maneiras e instrumentos de compensar os rompantes autoritários e arbitrários. Esquecem de dizer, contudo, que a democracia pregada por Montesquieu é fundamentada na existência da “virtude” grega, que é o amor extremado e responsável dos mandatários pelo Bem Público e pela Pátria, de onde nascem os bons costumes. Quando ela não existe, cessada a ‘virtude política’ tudo derrui, sobrando um monte informe de ruínas legais para o uso desonesto de aventureiros. Bem o que acontece no Brasil atual, onde se desmoralizaram os Poderes Judiciário e Legislativo, colunas de sustentação que deveriam ser do prédio da Democracia. Mas não agiram como tais. Perdeu-se a República, ao perder-se a vergonha de roubar e o medo de fazer justiça.

Ensinava Rousseau que a sociedade está baseada em um contrato social entre as partes – governo e povo, em que o segundo – o povo -, abre mão de alguns direitos em prol de que o primeiro – o governo -, cumpra determinados ordenamentos.

Se há um contrato, é claro que existem regras implícitas que lhe dão validade, ou lhe tiram. Quando um lado quebra unilateralmente a sua responsabilidade e começa a prejudicar a outra parte, isto gera um destrato automático, até como medida cautelar. É lídimo, portanto, que um cidadão rompa unilateralmente tal contrato mesmo se a totalidade dos contratantes não ache necessária, desde que exista a ação de rompimento contratual por parte do outro contratante. O comprometimento é individual, pois o imposto o ressarcimento ao Estado individual. O contrato, destarte, pode ser rompido e denunciado nulo por um e cada cidadão.

Todo o acontecido durante a campanha pela inadequada, equivocada e autoritária ação do governo, foi inconstitucional, ilegal, falaciosa. O produto desses atos é igualmente ilegal, pois nascido de atitudes ilícitas. A eleição do novo presidente é, para mim, fora das normas da democracia em que eu vivo e não condiz com o ordenamento jurídico do Estado a quem pago meus impostos.


Isto posto resulta que Dilma foi eleita de maneira ilegal. Sua presidência, portanto, é ilegítima. Tão ilegítima quanto apregoavam ser a presidência dos militares. É aquele velho e sábio ditado: o bom filho à casa torna. Fui criado tendo como farol político de democracia, que todo o poder exercido sem legitimidade não representa o povo. É, enfim, uma Ditadura.

De tudo isto, surge algo de bom, como sempre. Os militares foram acuados pelas vozes trovejantes da esquerda atrasada, que se diziam donas da ética política. Passado todos esses anos, sabe-se hoje que o tipo de político calhorda e ladravaz combatido pelos militares é esse mesmo que aí está novamente saqueando a nação, e rindo de seu povo desguarnecido e abandonado pelas leis, pois elas de nada mais servem a não ser proteger ao criminoso de colarinho branco. Os militares que fiquem com a consciência tranqüila no que tange a eventuais culpas suas, pois não as tiveram, apesar de lhe terem sido impostas como as chagas nas mãos de Cristo.

Ora, se o Poder Executivo é ilegítimo, e se sobrepõe aos demais Poderes democraticamente constituídos, declaro o destrato de minha parte com esta nação e proclamo a República Spenceriana, independente e altiva, mas que está impedida de ser soberana, pois se encontra sob a conquista violenta e opressora, arbitrária e ditatorial da República Sindicalista Socialista implantada no território brasileiro.

Um comentário:

Ricardo Froes disse...

Laguardia, por uma falha minha, ficaram faltando três parágrafos do texto. Aí vai:

Isto posto resulta que Dilma foi eleita de maneira ilegal. Sua presidência, portanto, é ilegítima. Tão ilegítima quanto apregoavam ser a presidência dos militares. É aquele velho e sábio ditado: o bom filho à casa torna. Fui criado tendo como farol político de democracia, que todo o poder exercido sem legitimidade não representa o povo. É, enfim, uma Ditadura.

De tudo isto, surge algo de bom, como sempre. Os militares foram acuados pelas vozes trovejantes da esquerda atrasada, que se diziam donas da ética política. Passado todos esses anos, sabe-se hoje que o tipo de político calhorda e ladravaz combatido pelos militares é esse mesmo que aí está novamente saqueando a nação, e rindo de seu povo desguarnecido e abandonado pelas leis, pois elas de nada mais servem a não ser proteger ao criminoso de colarinho branco. Os militares que fiquem com a consciência tranqüila no que tange a eventuais culpas suas, pois não as tiveram, apesar de lhe terem sido impostas como as chagas nas mãos de Cristo.

Ora, se o Poder Executivo é ilegítimo, e se sobrepõe aos demais Poderes democraticamente constituídos, declaro o destrato de minha parte com esta nação e proclamo a República Spenceriana, independente e altiva, mas que está impedida de ser soberana, pois se encontra sob a conquista violenta e opressora, arbitrária e ditatorial da República Sindicalista Socialista implantada no território brasileiro.