quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Visão do Leitor

Por João Batista do Lago

A liberdade de expressão sangra!
Está literalmente em risco de vida:
A facada – quase fatal! – emigra
Do Nordeste e fere a mãe querida.


Ó, ingrato filho, dei-te o leite das Liberdades
Fiz de ti o primogênito da Democracia
Agora, feito Vulcano cravas-me, sem dignidade,
Os ferros agora presentes em tua lulocracia;


Prendendo-me às rochas da ignomínia
Pretendes me excluir da sociedade.
Jamais imaginei, Ó filho ingrato! Serdes
Capaz de procederdes em tamanha maldade.


Neste teu vulgar pedido contra as Liberdades
Deixaste claro o quanto e tanto de vulgaridades
Residem no teu espírito demoníaco de cordeiro,
Enclausurado na sacristia d’um governo vil.


Abandonaste a mecânica dos nobres ideais;
Transformaste o corpo na máquina dos cardeais,
Vitupérios que sangram a livre expressão
- Mesmo a expressão d’um mercado de opressão.


Ó filho das minhas entranhas democráticas!
Esqueceste a paixão pelas Liberdades,
Amas agora a deusa das iniqüidades,
Por ela pedes que se esqueçam as verdades,


Por ela, Ó filho das minhas Liberdades!
Tomas o cetro do divino Stálin e
Impões, num mágico pedido deblaterativo
Teu mais puro horror das pudicas obviedades.


Quanta desgraça! Quanta ironia!
Jamais imaginara nos teus braços – um dia! –
Acabar em estádio de miserável agonia;
Eu – a Liberdade! –, que por ti morreria.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse poema endereçado ao Lula, é de autoria de João Batista do Lago, poeta maranhense.