sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O trabalhador que se dane

Depois de exibir força ao votar unido pelo salário mínimo de R$ 545, o PMDB espera ser recompensado pela presidente Dilma Rousseff na distribuição de cargos na máquina federal. O governo entendeu o recado e promete começar a pagar antes da votação do projeto no Senado.

A cúpula peemedebista decidiu trabalhar para ter o apoio integral da sua bancada de 77 deputados para ficar credora e cobrar compromissos do Palácio do Planalto.

A tática funcionou e nomeações solicitadas pelo partido na Caixa Econômica Federal devem ser efetivadas nos próximos dias, antes da votação do projeto do salário mínimo no Senado, prevista para a próxima quarta-feira.  Fonte: Folha de São Paulo

A disputa pelo valor do salário mínimo serviu só de desculpa para a negociação de cargos no governo. 

Não há, nem houve, nenhuma preocupação dos senhores parlamentares com o rendimento do trabalhador.
Primeiro definiram o seu próprio aumento de salários, 62%.

Depois negociaram com o governo quais cargos receberiam em troca de apoio a proposta do governo.
O descaramento é tanto que já não escondem que estão lá para defender seus interesses pessoais. Se servem do trabalhador em benefício próprio.

Não estão preocupados se o salário de R$ 545,00 é ou não suficiente para a sobrevivência de uma família.
Não estão preocupados se o orçamento da união tem ou não condições de suportar um salário mínimo de R$ 545,00 ou de R$ 700,00. Isto não interessa.
O que interessa quais os cargos receberão em troca de seu apoio a proposta do governo.

E por que esta preocupação com cargos? É porque através destes cargos, através de corrupção a contratos super faturados é possível desviar verbas públicas para o partido e seus integrantes.
E o povo? E o trabalhador?

Que se danem! Esta é a política adotada por nossos parlamentares.

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