quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Desmistificando o Governo Lula. - EDUCAÇÃO

Agora que o governo Lula se aproxima de seu final, vamos aqui neste blog tesmistificar algumas afirmações falsas do Lulo petismo com relação ao "nunca antes na história deste país", e fazer justiça aos feitos econômicos e sociais de governos anteriores que os fanáticos lulo petistas teimam em desqualificar.

Um destes lulo petistas de carteirinha me mandou em email dizendo que durante o governo Lula foram criadas 12 Universidades e que no governo FHC apenas duas foram criadas. Perguntado quais os nomes dasta universidades criadas por Lula ele respondeu:

Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG, 
Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, no ano de 2005,
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
Fundação Universidade Federal do ABC - UFABC.
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) criada em 2005.
Universidade Federal Mato Grosso do Sul, criada em 2006.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, criada em Julho de 2005.
Universidade Federal do Pampa. Criada em janeiro de 2008.
Universidade Federal do Tocantins, em atividade desde maio de 2003

Pois bem, a verdade é a seguinte:

1) UFABC Universidade Federal do ABC
Ano da criação: 2005.
Campi: Santo André e São Bernardo.
Situação do campus de Santo André: começou a ser construído em 2006 e pelas previsões já deveria estar pronto. Houve atrasos na obra, e uma repactuação com a empreiteira, feita em 2009, previa que deveria estar pronto até dezembro de 2010; se vocês clicarem aqui, verão que não ficará. Fotos da obra aqui.
Situação do campus de São Bernardo: esse está longe de ficar pronto. No site tem uma foto da maquete virtual. E pelas fotos da obra parece que recém começou a ser erguido.
Conclusão: essa universidade foi, de fato, criada do zero. Contudo, cinco anos depois de sancionada a lei, nenhum dos dois campi está pronto. Mas as aulas já começaram em ambos, o que significa que os alunos estão tendo aulas em campi provisórios, que certamente não têm toda a infra-estrutura necessária para um bom aprendizado. Bons laboratórios, pra citar apenas um exemplo. E pelo que percebemos durante a pesquisa, a universidade perdeu 42% dos alunos entre 2006 e 2009 devido à precariedade da estrutura.

2) UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Ano de criação: 2008
Histórico: foi criada em 1953 como Faculdade Católica de Medicina de Porto Alegre (fonte: aqui). É uma fundação pública desde 1987 (governo de José Sarney).
Conclusão: o campus já existia, já era uma fundação pública e já era uma faculdade que oferecia, além do curso de medicina, outros cursos relacionados à área da saúde. O que o Lula fez foi assinar um papel “transformando” a faculdade em universidade. Após a lei, apenas o curso de psicologia foi incorporado ao currículo da universidade.

3) Unifal – Universidade Federal de Alfenas
Ano de criação: 2005.
Campi: Alfenas, Poços de Caldas e Varginha.
Situação do Campus de Alfenas: existe desde 1914, quando foi fundada a Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas. Em 2001, durante o governo FHC, foi transformada em centro universitário federal (fonte: aqui).
Situação do campus de Poços de Caldas: está em construção. Os alunos estão tendo aulas em um campus provisório.
Situação do campus de Varginha: os alunos estão tendo aulas em um campus provisório. O campus definitivo não começou a ser construído.
Conclusão: o governo Lula elevou um centro universitário federal (que, portanto, já formava alunos em nível superior) à condição de universidade. O único campus existente é o que já existia; os demais, sabe Deus quando. Enquanto isso, os alunos dos campi não-construídos têm aulas em locais provisórios, sem a infra-estrutura adequada.

4) UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Ano de criação: 2005
Situação: a universidade tem vários centros espalhados pela cidade de Uberaba. Desses centros, aparentemente só um é novo, inaugurado em 2009 (fonte: aqui). Na verdade, uma parte da universidade existe desde 1953, quando foi fundada a Faculdade de Medicina do Triangulo Mineiro (fonte: aqui).
Conclusão: novamente, então, vemos que o governo Lula elevou uma faculdade ao nível de universidade, e depois disso vários cursos foram criados, mas não parece ter havido a criação de um campus. Houve o reaproveitamento do(s) prédio(s) original(is) da Faculdade de Medicina e a construção de um centro, mas os demais cursos funcionam espalhados pela cidade. Não conheço Uberaba, mas pelo que deu pra entender das informações no site a biblioteca fica num canto da cidade e os prédios de aulas em outros, por exemplo.

5) UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Ano de criação: 2005
Campi: I – Diamantina, JK – Diamantina e Campus Avançado do Mucuri – Teófilo Otoni
Situação dos campi: o Campus I é o prédio original da Faculdade de Odontologia de Diamantina (fonte: aqui). A Faculdade foi criada em 1953, transformada em Faculdade Federal em 2002, durante o governo FHC, e convertida em universidade pelo governo Lula. Os outros dois campi ainda não foram construídos.
Conclusão: precisa? Ok, ok, vamos lá. O governo Lula pegou uma estrutura que já existia como curso superior, formando gente, transformou em universidade e adicionou mais estrutura. O problema é que a estrutura que foi adicionada, em cinco anos, não saiu do papel.

6) UFERSA – Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Ano de criação: 2005
Campi: Mossoró, Angicos e Caraúbas
Situação do campus Mossoró: era, originalmente, a Escola Superior de Agricultura de Mossoró, fundada em 1967 (fonte: aqui).
Situação do campus Angicos: no site não há histórico do campus, apenas uma foto virtual. Não dá nem pra saber se está funcionando.
Situação do campus Caraúbas: os alunos estão tendo aulas num campus provisório na Escola Estadual Antonio Carlos; o campus definitivo ainda não foi construído (fonte: aqui)
Conclusão: não muito diferente do que já vimos. Pega-se uma estrutura de ensino superior preexistente, transforma-se a dita em universidade e prometem-se novos campi que em cinco anos não estão nem perto de ficarem prontos. Enquanto isso, os alunos têm aula em campi provisórios.

7) Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Ano de criação: 2005, mas o projeto de transformação do CEFET em universidade tecnológica começou em 1998, durante o governo de FHC (fonte: aqui). O CEFET tornou-se escola federal em 1959, com a unificação do ensino técnico no Brasil. Em 1990 (governo Collor), com o Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Técnico, o CEFET se expandiu para o interior do estado do Paraná.
Campi: Curitiba, Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Londrina, Medianeira, Ponta Grossa, Pato Branco, Toledo.
Situação do campus Curitiba: criado em 1910 como Escola de Aprendizes Artífices. Como é possível conferir aqui, trata-se de uma instituição de ensino tradicional que passou por várias mudanças até se tornar uma universidade. O campus de Curitiba existe desde 1937 (fonte: aqui).
Situação do campus Apucarana: funciona nas antigas instalações do antigo Centro Moda, fundado em 2001 e convertido em campus da UTFPR em 2005 (fonte: aqui).
Situação do campus de Campo Mourão: funciona num prédio em que o CEFET já funcionava desde 1993 (fonte: aqui).
Situação do campus de Cornélio Procópio: funciona num prédio em que o CEFET já funcionava desde 1993 (fonte: aqui).
Situação do campus de Dois Vizinhos: a sede existe desde 1997; nela funcionava a Escola Agrotécnica Federal (fonte: aqui).
Situação do campus de Francisco Beltrão: não há informações sobre o histórico do campus no site.
Situação do campus de Londrina: a universidade começou a operar em 2007 em sede provisória e atende desde 2009 em sede definitiva (fonte: aqui).
Situação do campus de Medianeira: funciona num prédio em que o CEFET já funcionava desde 1987 (fonte: aqui)
Situação do campus de Pato Branco: funciona num prédio em que o CEFET já funcionava desde 1990 (fonte: aqui)
Situação do campus de Ponta Grossa: funciona no prédio de um antigo seminário, cuja arquitetura original foi preservada e no qual o CEFET já funcionava desde 1992 (fonte: aqui).
Situação do campus Toledo: os alunos vêm tendo aulas num campus provisório em um edifício no centro da cidade. As obras do campus definitivo ainda não começaram (fonte: aqui).
Conclusão: dos 11 campi, 8 já existiam como CEFET ou outras estruturas que foram reaproveitadas; um foi construído do zero, um ainda não está em construção e um não se sabe, pois o site não traz informações.

8) UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados
Ano de criação: 2006
Histórico: é, na verdade, um desmembramento da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. O Campus de Dourados existe desde 1970 e foi “emancipado”, ou seja, virou uma universidade independente (fonte: aqui).
Conclusão: o governo Lula não fez nada além de assinar um papel. A estrutura preexistia.

9) UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Ano de criação: 2005
Histórico: também é fruto de um desmembramento. Originalmente, era a Escola de Agronomia da UFBA, com sede em Cruz das Almas e campi em Santo Antonio de Jesus, Amargosa e Cachoeira (fonte: aqui). O governo Lula transformou a estrutura pré-existente em uma universidade autônoma.
Conclusão: situação semelhante à da UFGD.

10) Unipampa – Universidade Federal do Pampa
Ano de criação: 2008
Histórico: são dez campi, dos quais cinco pertenciam originalmente à Universidade Federal de Santa Maria e os outros cinco pertenciam à Universidade Federal de Pelotas (fonte: aqui). Não houve nenhuma melhora de infra-estrutura nos campi.
Conclusão: correndo o risco de ficar repetitivo, lá vai: o presidente Lula apenas assinou um papel.

11) UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco
Ano de criação: 2002 (ou seja, durante o governo FHC)
Campi: Petrolina (PE), Juazeiro (BA) e São Raimundo Nonato (PI)
Histórico: não parece ter se originado de nenhuma instituição pré-existente. Os três campi são aparentemente novos e estão todos prontinhos (fonte: aqui).
Conclusão: não foi o Lula quem fez.

12) UFT – Universidade Federal do Tocantins
Ano de criação: 2000 (ou seja, durante o governo FHC)
Histórico: a universidade começou a operar em 2003 e não se originou de nenhuma estrutura preexistente (fonte: aqui). São sete campi, mas no site não há informações sobre a história de cada um.
Conclusão: não foi o Lula que fez.

13) Unila – Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Ano de criação: 2010
Histórico: tem sua sede provisória no Parque Tecnológico de Itaipu. O campus definitivo será planejado por Oscar Niemeyer (fonte: aqui).

14) Unilab – Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira
Ano de criação: 2009
A universidade não tem site. As únicas informações que achamos sobre ela estão na Wikipedia... Mas o nome é genial!

Além das universidades listadas no panfletinho, ainda encontramos mais duas. Vai ver a pessoa que fez o panfletinho se confundiu: esqueceu dessas duas e colocou duas universidades criadas pelo FHC na coluna do Lula. Só pode ser por isso que na coluna do FHC não tem nenhuma universidade, né? Não pode ter sido má-fé!

15) UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul:
Ano de criação: 2009
Campi: Chapecó (SC), Erechim (RS), Cerro Largo (RS), Realeza (PR) e Laranjeiras do Sul (PR)
Situação dos campi: todos com sede provisória. Nenhum prédio começou a ser erguido (fonte: aqui).
Conclusão: situação semelhante ao que já vínhamos constatando: aulas em unidades provisórias (e aparentemente precárias). Temos que dar o benefício da dúvida, afinal a universidade é nova; mas se seguir o mesmo ritmo das demais, sabe Deus quando teremos os campi definitivos.

16) UNIAM – Universidade de Integração Amazônica
Ano de criação: 2009
A universidade não tem site próprio e as informações são estranhas. Por isso, decidimos citar textualmente trechos de textos sobre a universidade:
“Estamos trabalhando com um projeto de Universidade que terá como perspectiva a interação e as relações com os diferentes países das Américas. Por isso, o nome UFOPA – Universidade Federal do Oeste do Pará - começou a nos parecer insuficiente para expressar esse projeto e trazia uma ideia de restrição à região do oeste paraense. Para ampliarmos a concepção da Universidade, ampliamos também seu nome”, explica Sinfrônio Brito Moraes, dirigente da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (PROPLAN). Fonte: aqui
Quer dizer, parece que a universidade foi criada como UFOPA e agora virou UNIAM.
O atual campus da UFPA em Santarém será convertido no Instituto de Educação. Já no atual Campus da UFRA [Universidade Federal Rural da Amazônia] estará a sede administrativa e os outros Institutos. O pró-reitor garante que as graduações que já existem nas duas universidades federais serão mantidas e explica que a implantação dos novos cursos será efetuada de maneira gradual. Fonte: aqui
Ou seja, é um caso semelhante ao da Unipampa: o que o governo Lula fez foi cooptar pedaços de universidades (ou, mais especificamente, uma universidade e mais um pedaço de outra) e rebatizar. Como o próprio texto explica, inicialmente não vai mudar absolutamente nada: sem aumento no número de cursos, e provavelmente sem aumento no número de vagas, uma vez que a estrutura é idêntica à que já existe.

O QUE SIGNIFICA CRIAR UMA UNIVERSIDADE?

A situação das universidades, descrita aí acima, permite uma única conclusão: o Lula só criou 14 universidades se por "criar uma universidade" entende-se "assinar um papel promulgando uma lei". Nesse caso, e apenas nesse caso, podemos, com um pouco de boa vontade, conceder ao Lula a criação de 14 universidades. Com boa vontade porque, em muitos casos, as instituições que o Lula tornou universidades já eram centros universitários, já formavam alunos em nível superior. Isso significa que, na prática, pouca coisa mudou. O que muda quando se vai de centro universitário ou faculdade para universidade? Em tese, deve aumentar o número de cursos (uma universidade deve oferecer cursos em todas as áreas do conhecimento) e, nos casos que observamos, aumenta o número de campi (o que não é obrigatório).

Vejam, nós, como universitários que somos, não temos nada contra a criação de novas universidades. Seria uma incoerência. Nós, como futuros professores universitários, acreditamos que a educação é a chave pra um país melhor. Então sim, em princípio qualquer iniciativa de criação de uma nova universidade é louvável. Feita essa ressalva, podemos dizer que não acreditamos que simplesmente assinar um papel e colocar uma universidade pra funcionar no limite da precariedade seja algo positivo, louvável ou digno de reconhecimento. Não é.

Por que precariedade? Vamos a um rápido balanço da situação: das 14 universidades, 10 já existiam e 4 foram criadas do zero. Das 10 que já existiam, 5 estão funcionando nos campi preexistentes, e até onde dá pra entender não há previsão de criação de novos campi. Quer dizer, nessas 5 nada mudou. Ou mudou pra pior, pois se houve aumento da oferta de cursos (como se espera) mas a estrutura física é a mesma, provavelmente há, no mínimo, problemas de falta de salas de aula. Nas outras 5, há previsão de construção de novos campi, mas esses campi, em sua maioria, nem começaram a ser construídos. Os campi originais estão funcionando normalmente (talvez com mais cursos e mais alunos, gerando o mesmo problema mencionado mais acima), e os demais funcionam em campi provisórios. Quanto às 4 universidades criadas do zero, todas estão funcionando em campi provisórios; a maioria dos campi definitivos ainda nem começou a ser construída.

O problema dos campi provisórios é a falta de infra-estrutura: boas salas de aula, boas bibliotecas, bons laboratórios, restaurante universitário. Ninguém que se preocupa com educação pode achar que é bom, que é suficiente colocar uma universidade pra funcionar sem o mínimo de estrutura. Esse tipo de medida só é válida se o objetivo é largar gente na rua com um canudo, sem preocupação com a qualidade da formação. O problema é ainda mais grave se a gente considerar que os campi das universidades federais que já existem estão em petição de miséria: equipamentos sucateados, falta de salas de aula pra atender o aumento da demanda, bibliotecas defasadas, etc, etc. A Associação Brasileira dos Reitores de Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), em audiência com o ministro Haddad em setembro de 2006, alertou exatamente para isso: não é que a criação de novas universidades não seja importante, mas na atual conjuntura o ideal seria alocar recursos pras universidades que já estão instaladas. (Fonte: aqui) A gente aqui concorda: a UFBA até hoje não tem restaurante universitário; a biblioteca setorial de Humanas da UFRGS tem todos os livros importantes... até 1970. Só pra dar dois exemplinhos mínimos. Pra resolver esses problemas precisa de investimento. Mas como esperar de um governo que inaugura universidades em condições precárias que ele invista na melhoria da infra-estrutura das universidades que já existem?

É o mesmo problema do PROUNI. Não é nosso objetivo discorrer sobre o PROUNI nesse post (aguardem os próximos... hehehe), mas queremos mostrar que o PROUNI é pautado pelo mesmo raciocínio. A principal crítica que se faz ao PROUNI é o fato de o governo federal dar dinheiro pra instituições privadas em vez de pegar esse dinheiro e investir na melhoria das universidades federais, o que propiciaria o aumento no número de vagas e absorveria boa parte dos alunos que hoje se vêem forçados a estudar em universidades privadas. E a segunda crítica diz respeito à qualidade do ensino. Não é segredo pra ninguém que há universidades particulares e universidades particulares. Algumas prezam pelo ensino de qualidade, outras nem tanto. E as bolsas do PROUNI nem sempre vão para as primeiras. Desse modo, o PROUNI só é uma solução pra aumentar o número de pessoas com nível superior. Mas se a preocupação é com a qualidade da formação, não podemos dizer o mesmo.

Essa conclusão, aliás, é muito semelhante a uma crítica recorrente no Brasil, especialmente por parte da esquerda, ao fato de os alunos pobres acabarem estudando em universidades particulares em vez de estudarem nas universidades públicas, que são melhores. As universidades públicas seriam acessíveis somente aos alunos ricos, que por estudarem em escolas particulares têm mais condições de passar no vestibular. Ora, o PROUNI parece justamente reforçar essa situação. Por que não investir na melhora do ensino público fundamental e médio, que efetivamente daria aos alunos carentes a chance de ingressar nas universidades públicas? O dinheiro gasto com o PROUNI poderia, nesse caso, ser empregado para melhorar a estrutura das universidades públicas, para que elas pudessem absorver a demanda sem prejuízos à qualidade do ensino.

Fonte: http://oquenaotecontaram.blogspot.com/2010/10/as-14-universidades-criadas-pelo_30.html

Um comentário:

Anônimo disse...

Solicito buscar mais informações sobre a Unipampa, pois não foi isso que aconteceu. Foram criados 10 campi sob a tutela inicial da UFSM e UFPel. Não havia universidade pública e gratuita aqui na fronteira-oeste.