quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Por quem devemos chorar


É hora de fazermos um balanço do ano que passou e de nossas atitudes e ações.
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Já está ficando lugar comum ver nossos políticos e governantes, chorar comovidos diante das câmaras de TV. Choram por diversos motivos.
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O primeiro choro foi de Lula na campanha eleitoral ao se lembrar de sua falecida esposa e a luta que teve com o atendimento médico publico.
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Pois bem, após sete anos de governo, o povo continua chorando nas filas do SUS. Continua chorando de dor, de desespero, de desesperança com as condições precárias de nossa saúde pública.
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Vimos o choro de Roberto Arruda no Senado no caso do painel eletrônico. Todos pensamos ser lágrimas de arrependimento, mas infelizmente não eram como vimos agora com o caso do menslão de Brasília.
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Mais recentemente vimos o choro de Dilma Roussef ao se lembrar dos companheiros mortos e torturados durante o governo militar.
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Lágrimas de crocodilo, todas estas.
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Quem se lembra de ter visto o choro de algum político ou governante por:
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1 - Aqueles que sofrem e não tem atendimento médico adequado do poder público?
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2 - Aquele aposentado que recebe uma merreca do INSS após anos e anos de trabalho e contribuição e que agora seu benefício não lhe dá o direito a uma vida digna nem de comprar os remédios necessários para sua saúde?
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3 - Por aqueles que com o suor de seu rosto ajudaram a construir o Brasil de hoje e vêem nossos governantes dizer que tudo começou agora, que o trabalho e o esforço do passado de nada valeram, e que os trata como vagabundos dando uma correção pífia aos seus benefícios previdenciário?
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4 - Por aquelas crianças e jovens que estão perdendo o seu futuro em virtude do sucateamento de nosso ensino público?
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5 - Por aqueles que perdem a vida ou que ficam inválidos permanentemente, vítimas das balas perdidas e vítimas da falta de segurança que o estado devia lhes dar?
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6 - Por aquelas famílias que não podem passar o Natal e o Ano Novo com seus ente queridos mortos pelos terroristas dos anos 70 que lutavam pela implantação de uma ditadura do proletariado no Brasil?
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7 - Por aqueles que trabalham arduamente de sol a sol e vêm 38% de seus rendimentos serem pagos ao governo em forma de todo o tipo de impostos e não recebem o retorno necessário em saúde, educação, segurança e seguridade social?
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8 - Por aqueles que vêm os impostos pagos serem corroídos pela corrupção, gastos com cartões corporativos secretos, com mensalões que nunca deixaram de existir, com a manutenção de criminosos como Battisti e Zelaya?
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Eu gostaria de ver Lula verter lágrimas de arrependimento pelo que deixou de fazer nestes sete anos de governo, por ter mantido o povo, como diz ele, na m*.
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Gostaria de ver Dilma Roussef verter lágrimas sinceras de arrependimento pelas vítimas inocentes do terrorismo de que ela ativamente participou, como por exemplo de Mário Kozel Filho, morto por um carro bomba. Um jovem de 19 anos que perdeu a vida e que lhe foi tirado o direito de ter filhos e netos. Por ele e sua família Dilma não chora.
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Queria ver Arruda, Sarney, Renan, Collor, José Dirceu, José Genuíno, Luiz Gushiken, Luiz Inácio Lula da Silva, Delúbio Soares, Azeredo, Barbalho, Maluf e tantos outros chorarem de arrependimento e pedirem perdão ao povo brasileiro pelos crimes cometidos contra o povo que sofre.
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Queria ver este ano um novo governo ser eleito com uma preocupação honesta para com o povo e não com a manutenção do poder. Preocupado em governar com ética, honestidade, moral e dignidade para o povo que os elegeu. Este é o meu desejo para o ano novo.

2 comentários:

José de Araújo Madeiro disse...

Laguardia,


Um ano novo que se desponta, com certeza, cheio de lutas.

Como sempre o confronto entre o bem e o mal, uma eternidade que perdura na historiografia da vida hunama, em todas sociedades.Só que na cultura ocidental temos os bons frutos da civilidade.

Então devemos ser sempre movidos pelos bons propósitos. Quando há o conceito de que não há mal que seja eterno nem bem que sempre dure. A humanidade é assim e no Brasil não seria diferente.

Há sempre os desafios para ser superados e a fustigar a inteligência dos homens de boa-fé.

Há, no entanto, uma verdade que nos conforta: Os covardes não digno da história.

Att. Madeiro

Ricardo Froes disse...

Os calhordas choram na frente dos eleitores de quatro em quatro anos para ganhar votos e riem por trás deles quando os roubam.

Feliz Natal, apesar de tudo.