quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Visâo do Leitor



Carlos Eduardo da Maia disse...

Sempre discordei daqueles que dizem que a educação no Brasil está melhorando. Tudo bem, conseguimos conquistas importantes como a universalização com o necessário acesso das crianças mais pobres aos bancos escolares. Mas isso, apenas, não basta. É necessário melhorar a qualidade do ensino público, porque o povo brasileiro anda -- sim -- muito mal educado. É só sair para a rua para constatar isso.

Os índices oficiais, governamentais, vêm mostrando uma melhoria na educação no Brasil. Dizem que avançamos etc... Juro que não sei onde está essa melhora.

A Unesco, recentemente, divultou um ranking da educação no mundo e o Brasil retrocedeu. Pulamos da gloriosa posição de 76º para 88º. Esse ranking, segundo editorial da Folha de hoje: se baseia em dados referentes a 2007 e num índice composto de quatro subindicadores: atendimento no ensino fundamental, taxa de alfabetização de adultos, igualdade entre meninos e meninas no acesso à escola e proporção de alunos que completam a quarta série -a "taxa de sobrevivência".

Foi este quarto componente o principal fator a fazer o Brasil cair 12 posições. Segundo a Unesco, a "taxa de sobrevivência" teria baixado de 80,5% para 75,6%. Considerado só este subindicador, a posição do país seria ainda mais baixa (103ª). Uma nota explicativa minúscula na página 362 do relatório revela, porém, que o dado é de 2004.

Em comunicado, o Ministério da Educação (MEC) ressalvou a boa performance do país nos primeiros três indicadores, mas não abordou diretamente a "taxa de sobrevivência". Limitou-se a assinalar que mudanças no censo educacional eliminaram a dupla contagem de alunos, o que resultou numa queda artificial de matrículas de 2006 a 2007, e que a PNAD indica aumento contínuo da taxa de frequência líquida na faixa de 7 a 10 anos -que alcançou 94,6% em 2008.

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