ESTADO DE MINAS
Por Alessandra Mello, Ivan Iunes e Josie Jerônimo
A bancada governista na Câmara dos Deputados tem uma manobra traçada para barrar a aprovação do projeto da Ficha Limpa prevista para esta quarta-feira, em plenário. Se o projeto for aprovado, ficarão inelegíveis por oito anos todos os condenados em segunda instância por crime graves. A proposta dificilmente sairá da Câmara sem ser retalhada. Contrários a várias regras previstas no texto, partidos como PT, PMDB e PR pretendem protelar a tramitação do projeto e alterar o texto substancialmente, tornando-o inócuo. A movimentação derrubaria a estratégia do presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), de capitalizar o bônus eleitoral da aprovação.
A manobra dos deputados contrários à proposta foi traçada terça-feira, durante reunião de líderes governistas. O roteiro definido tem como primeira ação recusar o pedido de urgência para votação em plenário. Sem um prazo definido para votar, os deputados forçariam o retorno do Ficha Limpa à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para resolver supostas lacunas do texto. Lá, ele seria desfigurado por uma série de emendas. “A ideia é constitucional, mas tem impropriedades, está confusa, cria uma instância, o órgão colegiado, que não existe”, criticou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Se a posição oficial é melhorar o texto, nos corredores, o naufrágio do projeto seria um golpe dirigido ao DEM e ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Ambos sonham usar a aprovação do projeto como bandeira em outubro. Para Temer, a proposta é uma oportunidade de reunir mais bônus eleitorais para o posto de vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT). O plano ideal traçado pelo presidente da Câmara passa pela aprovação do Ficha Limpa.
De mãos dadas com Temer, o DEM tem interesse em bancar a proposta para alvejar a própria imagem, desgastada depois da Operação Caixa de Pandora no Distrito Federal. “Sem regime de urgência, o projeto vai para a CCJ e aí não vota este ano”, pressionou o relator do projeto, Índio da Costa (DEM-RJ). O líder do partido, Paulo Bornhausen (SC), acusou os governistas de planejarem sepultar o projeto: “As bancadas estão manobrando para não aprovar a proposta, protelá-la, mas a estratégia só beneficia quem tem ficha suja”.
As estratégias, tanto governista quanto de Temer e do DEM, jogam com a força da opinião pública sobre o Congresso Nacional. A Ficha Limpa foi apresentada por iniciativa popular, escorada em 1,6 milhão de assinaturas colhidas pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
Pesquisa com deputados
Pesquisa divulgada terça-feira pelo Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que reúne todas as entidades engajadas na aprovação do Ficha Limpa, mostra que não vai ser fácil levar a proposta adiante, principalmente porque se for aprovada passará a valer para as eleições de outubro, impedindo diversas candidaturas, inclusive de cerca de 30% do integrantes do Congresso Nacional.
Durante 18 dias, o MCCE tentou saber a posição dos 513 deputados sobre o projeto, mas somente 77 responderam à pesquisa, o que representa 15% da Câmara. Desse total, 73 afirmaram apoiar o projeto e quatro disseram estar indecisos. Dos 53 deputados mineiros, apenas 16 responderam à pesquisa e se declararam a favor da proposta. As perguntas sobre a posição dos parlamentares em relação ao projeto foram enviadas por e-mail. Posteriormente todos os 513 foram procurados por telefone para se manifestar sobre o assunto, mesmo assim à adesão ao levantamento foi pequena.
fonte: Uai
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O HOMEM NO MUNDO - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
- Postado por Vi Meirim em 25 novembro 2011 às 18:00
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Há 3 anos
Um comentário:
Laguardia,
Não devemos ter ilusões. Essa proposta não vai avançar no Congresso Nacional, porque todos querem tirar vantagens pessoais, incluindo os ¨fichas sujas¨ com apoio dos petralhas e do Lula.
Temos que ter estratégias e a nossa alternativa é ir para praças públicas, divulgando quem está a favor, no caso dos 77 deputados que tem ¨ficha limpa¨. Os demais é óbvio que são ¨fichas sujas¨ e vão difultar o nosso trabalho de conscientização das massa eleitoral.
Precisamos fazer esse esquema, para que o povão melhore o Congresso Nacional, promovendo uma máxima renovação.
Att. Madeiro
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