segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Militares Nunca Mais


Assunto: Militares, nunca mais !
Millôr Fernandes
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Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério, honesto e progressista.
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Cresce o grupo que não quer mais ver MILITARES NO PODER, pelas razões abaixo:
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Militar no poder, nunca mais.
Só fizeram lambanças:
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Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.
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Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho decrescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.
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Criaram esse maldito do Pro-Álcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobrás, que passou a extrairpetróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.
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Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.
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Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que,com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".
Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo. Uma desgraça completa.
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Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.
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Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA, JUPIÁe ITAIPU), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essasbobagens de nomes esquisitos. O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.
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Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.
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Baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país. Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.
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Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas...ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.
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Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.
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Inventaram um tal de FGTS, PIS e PASEP, só para criar atritos entre empregados e patrões. Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões. Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.
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Outras desgraças criadas pelos militares: Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia,que inventou o sistema PAL-M.
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Criaram a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRAI e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM.Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo.
Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguinte, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
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Graças a Deus!Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos: "Militar no poder, nunca mais"!!! salvo os domesticados. ---
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“A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta” (RUI BARBOSA, Oração aos moços)“O cinema e a literatura inventaram o herói sem causa. O parlamento brasileiro consagrou o canalha sem jaça”. –
Millôr Fernandes

13 comentários:

Joel Neto disse...

Tá com saudades da ditadura Laguardia? É por iss que não entendeu texto. Millor é assim mesmo. Lembra quando ele afirmou que FHC não entende piadas?
Ditadura nunca mais!

Airton Leitão disse...

Saudades dos militares, não, mas do que eles fizeram pelo País, sim.
Quando parece que estamos vivendo numa democracia acabamos por ver uma ditadura civil onde até para renunciar a uma liderança de partido um senador não recebe permissão do ditador de plantão.
Realmente, não dá nem para se entender piadas.

Plenitude do Ser disse...

Laguardia,

seu blog é ótimo e tem um elevado e volorozo propósito! Merece ser seguido e divulgado.

Seja muito bem-vindo ao Plenitude!

José de Araujo Madeiro disse...

Laguardia,

Sem dúvidas, o poder é civil. FFAA são a força, não o poder.

Eu, em especial, votaria no General Heleno, concorrendo à Presidência, como um civil. Pela sua história, pelo seu caráter, seu amor à terra e à sua gente, que muito o difere dos demais candidatos, sobretudo da Dilma Rousseff.

Por isso o poder é civil, cuja liderança deve ser alçada ao poder pelo voto se precisa de popularidade. Sobretudo ter um projeto de nação e disposto ao trabalho.

Todavia, 1964 foi um contra-golpe. Quandos tivemos na inteligência de um Golbery do Couto à sua articulação, para não ser tão longo, sangrento e violento.
Os militares no poder, deram o rumo diferente ao país, no seu desenvolvimento industrial e social.

Que os civis aprendam a respeitar o nosso povo e a ter o amor à patria à sua utopia.

Se, com eles, o Brasil sair da sua trajetória de uma nação livre e próspera... os militares devem estar sempre vigilantes para recolocá-lo nos seus verdadeiros trilhos.

Att. Madeiro

sicário disse...

Briguilino, essa tua fotinho de "perseguido" dos anos 60 é ridícula. Se alguém sente saudades dos militares, é problema dele! Se não sabes, ainda vivemos numa democracia!
Eu tenho saudades. Sou do tempo em que lugar de estrela era no céu e nas fardas, sou filho de militar, fiz o serviço militar, sei cantar o Hino Nacional e meu país, o MEU BRASIL é e continuará sendo VERDE E AMARELO, custe o que custar.
Acho que quem não entendeu a ironia do texto foi o sr., sr. briguilino.
Somente pela frase inicial e o comentário final, onde é citado Rui Barbosa, já é o sugficiente para ver que o sr. desconhece interpretação de texto.

Laguardia disse...

Biguilino

Assino em baixo do que os outros leitores postaram aqui.

Com mais um comentário. Como é que você pode falar em ditadura nunca mais se apoia o governo Lula? Se apoia o controle estatal da imprensa e da economia? Se apoia Hugo Chávez e os demais caudilhos da América Latina?

Onde está sua coerência?

IKA disse...

Briguilinoooo,
Não é apenas FHC que não entendeu a piada. O Sicário o Laguardia e mais 7% tambem não entendem.

Laguardia disse...

IKA

Piada é dizer que Lula é o cara. Piada não, é lamentável que vocês lulo petistas, papagaios do PT aceitem o roubo, a falta de ética, a imoralidade na política, o irriquecimento iliícito como coisas naturais e ainda tenham estes ladrões e malfeitores como seus heróis.

Trágico é a falta de patriotismo sua e do Briguilino e a falta sua falta de preocupação com a justiça social.

Trágico é a sua falta de comprometimento com o futuro do Brasil em troco do endeusamento de um mafioso.

Vera (Deficiente Ciente) disse...

Querido amigo,
Mais uma vez, obrigada! Seu incentivo e de outros colegas tem me ajudado muito, tanto no meu crescimento pessoal como no crescimento do blog.
O desrespeito não só em relação as pessoas portadoras de deficiência, mas também com todo o povo brasileiro, é lamentável! Infelizmente, temos um governo que não pode servir de exemplo para ninguém. Entretanto, temos o poder do voto. Acredito que quando chegar a campanha eleitoral será a hora de retirar todo esse pessoal que abusou da confiança do povo brasileiro. Nas urnas, o povo terá que pensar muito bem em quem votar, pois sabem (assim o espero) que estes que aí estão não servem.Chega de podridão!

Marc disse...

Essa esquerdalhada é tudo igual. Quem não entende Millor são eles: não conseguem entender que uma figura ímpar como é Millor possa ser contra a porcaria de regime que eles defendem; Millor também levou alguns tapas dos militares, más nunca saiu atrás de bolsa ditadura como alguns muitos pulhas esquerdopatas, capachos de Fidel e Chavez, fizeram. Eu também passei um mau bocado em 64 e nem por isso vou atrás de grana podre; e tem mais : quem gosta de ditadura é petralha e comunista.
Os militares só vieram impedir que hoje a gente vivesse num paraíso tipo cubano.
A coisa tá feia? cadê o pt (minusculo) que não faz nada para arrumar; só arruma suas contas bancárias e lá fora, que ninguém é doido.
Ora, vão se danar!

Anônimo disse...

As esquerdas são contra a ditadura.. . dos outros.O errado é certo,os fins
justificam os meios,desde que sejam
os seus adeptos que estejam no coman
do.

Net 7 Mares disse...

Solicito ao(à) proprietário(a) do blog alterar a autoria do texto para Anselmo Cordeiro (Net 7 Mares), pelas razões expostas abaixo:

Este texto foi escrito, não pelo Millôr Fernandes, mas por mim em 11 de julho de 2009, em resposta a uma mensagem dentro do grupo "umbrasilmelhor_sp, conforme pode ser constatado na URL:

http://br.groups.yahoo.com/group/umbrasilmelhor_sp/message/4887

onde a dita mensagem pode ser lida no seu conteúdo integral. Nas republicações feitas por terceiros e com o equivocado crédito ao Millôr Fernandes, o meu texto acabou algo desfigurado, obrigando-me a republicá-lo com alguns
acréscimos no meu blog, em

http://net7mares.blogspot.com/2011/06/normal-0-21-false-false-false.html

Em http://www2.uol.com.br/millor/aberto/email/061.htm , espaço virtual do Millôr, ele, em resposta a um dos seus admiradores que o questionou sobre o suposto crédito, repudia a autoria creditada a si. Para encontrar o manifesto do Millôr, basta digitar "texto primário" no Ctrl + f (pesquisar texto na página).

Eu jamais podia imaginar que um texto que escrevi em cima das coxas, simples resposta a um colega de grupo de discussão, pudesse ter tamanha repercussão nas centenas de publicações Internet afora, e acredito que essa repercussão deve-se ao irregular crédito atribuído ao Millôr.

No fundo, nem esquento tanto com essa troca de autoria apesar do desconforto que ela causa, porque o que importa é o fato de o texto ter alcançado essa significativa quantidade de leitores. Quem deve estar metido em desconforto bem maior é o Millôr, colocado que foi como autor de um texto que, contra-ironicamente, enaltece o governo da Contra-Revolução de 64. Logo ele, o Millôr, que, naquela época, veiculava pelo seu semanário "O Pasquim" sarcásticas críticas ao regime, e nem por isso o seu jornal foi importunado.

Se, além de alterar a autoria, puder também substituir o texto atual, que, nos repasses, foi bastante alterado, pelo atualizado que está em

http://net7mares.blogspot.com/2011/06/normal-0-21-false-false-false.html

mais grato eu ficaria.

Anselmo Cordeiro (Net 7 Mares)
ancorol@bol.com.br
http://net7mares.blogspot.com/2009/11/mar-do-ego.html

Ricardo Froes disse...

Não querendo desmerecer o texto, mas, por vários motivos mais que óbvios, está claro que não foi o Millôr que o escreveu.

Não que Millôr, um anarquista confesso, não pudesse ter escrito sobre o tema, mas certamente usaria a sua inigualável mordacidade para bater em chico e em francisco. Muito embora ele fosse um dos mais cáusticos críticos do petralhismo, não livrava a cara dos militares nem a pau!

Mas o texto é bom e merece ser repassado com a devida autoria, o que, certamente, lhe dárá maior credibilidade.