Transcrito de Rubens Ito
De acordo com a Receita Federal, a carga tributária do país alcançou o recorde de 35,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2008. Ao invés de privilegiar a tributação direta e progressiva da renda, como se faz na maioria dos países ditos desenvolvidos, optou-se por concentrar a arrecadação em tributos indiretos, que oneram mais a parcela mais pobre da população. São impostos que incidem sobre a produção, a venda e o consumo.
Essa sobrecarga de tributos prejudica exportações e investimentos, gerando menos empregos e os produtos produzidos no país perdem competitividade no exterior.
Outro grave fator é que essa arrecadação é destinada a gastos de custeio e consumo, sobrando menos para que empresas invistam em aumento de produção, e para que os governos promovam a expansão e a melhoria da infraestrutura.
Enquanto isso, a população não tem as ferramentas essenciais para o seu desenvolvimento como educação e saúde dignas. Quem é atendido por um hospital público sabe do caos vivido pelo setor. As escolas públicas são precárias. Além desses, tem muito mais setores que o governo atende a população com péssima qualidade.
Para efeitos de comparação, a carga tributária em alguns países do mundo, em 2007 (fonte: Receita Federal): Dinamarca (48,9), França (43,6), Itália (43,3), Espanha (37,2),Reino Unido (36,6), Alemanha (36,2), Brasil (34,7), Canadá (33,3), Suíça (29,7),EUA (28,3), Turquia (23,7), México (19,8) e Japão (18,4).
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