segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O que não lemos na imprensa brasileira

A vez da Nicarágua: Milhares marcham contra Ortega

CIVISMO CONTRA A DITADURA

Nicaragüenses dizem NÃO a reeleição, a fraude e a ditadura



Gritando "Quem tem medo?" e "Democracia sim, ditadura não!", cerca de 50.000 nicaragüenses participaram sábado de uma mega manifestação para protestar contra Daniel Ortega e suas pretensões ditatoriais e golpistas.

Uma espessa cortina formada por milhares de nicaragüenses, que cobriu um trecho de quase três quilômetros em Manágua, formou-se ontem contra a reeleição presidencial, a fraude eleitoral de 2008 e a instauração de uma ditadura. Por Martha Solano Martínez

A marcha convocada por organizações da sociedade civil e partidos políticos de oposição foi protegida por sete mil agentes policiais e, de acordo com um comunicado lido por Violeta Granera, do Movimento por Nicarágua, ontem foi marcado como dia de "desafio "ao governo de Daniel Ortega, de forma não violenta, mas com firmeza."

Milhares de nicaragüenses vestidos de azul e branco e com a Constituição nas mãos saíram para protestar, no sábado, contra os denunciados abusos que o governo de Ortega tem cometido ao longo de 22 meses, incluindo uma “sentença” de seis magistrados sandinistas que habilitaram irregularmente a reeleição presidencial contínua, e também contra a fraude nas eleições de 2008.

Quem tem medo?
"Marcharmos com a coragem cívica suficiente para desafiar o poder do orteguismo, de forma não violenta, mas firme, superando os obstáculos, ameaças, intimidações e atos de terrorismo que há mais de um ano o governo do presidente Ortega tem empregado para nos assustar, sem qualquer resultado, quem está com medo?”, disse Granera ao ler o comunicado oficial.

A oposição conseguiu romper ontem, pela segunda vez em 14 meses, com os ataques físicos que partidários do governo sandinista têm cometido contra as marchas convocadas em todo país.

"Reunimos-nos para tornar patente mais uma vez, sem medo e em voz alta, nossa vontade de reivindicar, de exigir um Estado onde haja liberdade de escolha, de forma limpa e transparente, de um governante, onde cada nicaragüense tenha a oportunidade de melhorar suas condições de vida e de suas famílias, sem ter que submeter-se à vontade de um poderoso, seja ele qual for”, disse o comunicado. Tradução de Arthur para o MOVCC

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