Os leitores vão desculpar o long post mas é preciso mostrar a um anônimo ignorante que fez o seguinte cometário:
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Anônimo disse.O governo Lula/PT não apenas tem $$$ para pagar a dívida externa como ainda temos troco. Faz as contas Zé Lotéria: US$ 239, 054 menos US$ 202;5 é igual quanto mesmo? kkkkk.
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O Anônimo aparentemente não recebeu a devida educação que vem de berço, mas resolvi não deletar o comentário para demonstrar a burrice da esquerda que nos governa e apóia este governo mentiroso, corrupto e aético
O Anônimo aparentemente não recebeu a devida educação que vem de berço, mas resolvi não deletar o comentário para demonstrar a burrice da esquerda que nos governa e apóia este governo mentiroso, corrupto e aético
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Este artigo foi transcrito de: http://visaopanoramica.wordpress.com/2009/09/05/lula-e-a-divida-publica-parte-2/
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Logo após o "pagamento" da dívida com o FMI o Governo Lula anunciou um novo fato histórico: o Brasil tinha reservas superiores à dívida externa, tornado-se um novo credor internacional.
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A notícia divulgada de forma sensacionalista por alguns meios de comunicação ganhou ainda mais força na Internet. Os defensores incondicionais de Lula invadiram as seções de comentários dos grandes portais e blogs exaltando o governo que tinha "liquidado a dívida externa".
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Nos eternos comícios de Lula o já famoso "nunca na história deste país" era usado e abusado para alfinetar a oposição que nada havia feito em oito anos de governo, a não ser endividar o país.
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Abaixo um dos gráficos publicados nos jornais "com dados do Banco Central", que "provavam" que a dívida externa havia sido paga.
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O outro lado da história
Como no episódio da quitação da dívida com o FMI, a visão geral do processo só vem com o tempo e aí então percebemos que a "boa notícia" era, na verdade, mais um factóide de cunho eleitoreiro.
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O outro lado da história
Como no episódio da quitação da dívida com o FMI, a visão geral do processo só vem com o tempo e aí então percebemos que a "boa notícia" era, na verdade, mais um factóide de cunho eleitoreiro.
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Da mesma forma que o Governo trocou uma dívida barata como a do FMI, com juros de 4% ao ano, por outras com juros bem maiores (entre 8 e 12.75%), no suposto "pagamento" da dívida externa ocorreu algo parecido.
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Primeiro é preciso deixar bem claro que a dívida externa continua intacta.
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Não só não foi paga, como ficou ainda maior mesmo depois do pagamento antecipado da pequena parte da dívida do FMI de 15,5 bilhões, conforme mostra o gráfico abaixo.
.Como todos podem ver, os dois gráficos apresentados acima são contraditórios.
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O primeiro trata-se de uma manipulação de dados, supondo que a dívida teria sido paga com as reservas internacionais, o que não ocorreu.
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Hoje a divida externa está aparentemente "controlada" e não está mais crescendo como antes porque perdeu atrativo já que os "investidores" mudaram o foco para os títulos da dívida interna brasileira, cujos juros são bem mais expressivos (além de contar com incentivos do Governo como a isenção de impostos, por exemplo).
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Como resultado deste processo, o governo diminuiu o ritmo de crescimento da dívida externa, enquanto que a dívida interna subiu de R$ 623 bilhões
no final do governo FHC para R$ 1,4 trilhão em agosto de 2009 (R$ 1,9 trilhão quando considerados os títulos em poder do BC e as dívidas das estatais).
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Um péssimo negócio
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Para quem não sabe, as definições clássicas das dívidas externa e interna diziam que a primeira era cobrada em Dólares por credores estrangeiros, enquanto que a segunda era cobrada em Reais por credores nacionais.
Um péssimo negócio
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Para quem não sabe, as definições clássicas das dívidas externa e interna diziam que a primeira era cobrada em Dólares por credores estrangeiros, enquanto que a segunda era cobrada em Reais por credores nacionais.
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Isto foi verdade em algum momento da nossa história.
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Hoje, no entanto, a "sofisticação" do mercado financeiro tornou as dívidas muito parecidas, de forma que agora existem credores estrangeiros da dívida interna e títulos da dívida externa sendo vendidos em Reais.
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Em outras palavras, o que houve de fato foi uma migração do capital especulativo da dívida externa para a dívida interna, só que com um custo bem mais alto para o Brasil.
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Um pequeno exemplo citado pela Auditoria Cidadã da Dívida Externa ilustra bem a afirmação:
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"Em 2007, o Real se valorizou 20% frente ao dólar. Portanto, o investidor estrangeiro que no início de 2007 trouxe dólares para aplicar na dívida interna brasileira ganhou, durante o ano, 13% em média de juros, e mais 20% quando converteu seus ganhos em dólar. Portanto, em 2007, os estrangeiros ganharam uma taxa real de juros (em dólar) de mais de 30% ao ano!"
"Em 2007, o Real se valorizou 20% frente ao dólar. Portanto, o investidor estrangeiro que no início de 2007 trouxe dólares para aplicar na dívida interna brasileira ganhou, durante o ano, 13% em média de juros, e mais 20% quando converteu seus ganhos em dólar. Portanto, em 2007, os estrangeiros ganharam uma taxa real de juros (em dólar) de mais de 30% ao ano!"
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Para agravar ainda mais o quadro caótico da evasão de divisas, é preciso deixar bem claro que parte das reservas cambiais brasileiras em dólares é aplicada em títulos do governo americano que paga juros cada vez menores.
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Com a queda do valor do Dólar em todo mundo, na prática, os juros dos títulos da dívida americana tornaram-se negativos para o Brasil.
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Em outras palavras, o Brasil paga para emprestar dinheiro aos EUA, mesmo com 30% do que o Governo brasileiro arrecada comprometido com juros e amortizações da dívida.
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Dá prejuízo, mas na ótica do presidente Lula é "chique" emprestar dinheiro.
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Talvez aí esteja a explicação por Lula ter sido apontado por Obama como "o cara". Afinal, quem em sã consciência emprestaria dinheiro com tão expressiva parte de suas receitas comprometidas com dívidas?
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Os "méritos" do Governo no acúmulo de reservas cambiais
Os "méritos" do Governo no acúmulo de reservas cambiais
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Depois da seqüência de crises internacionais que comprometeram o segundo governo FHC e da "Crise Lula" que fez o Dólar bater a casa dos US$ 4 às vésperas da eleição de 2002, a economia brasileira pôde finalmente gozar de um longo período de estabilidade e crescimento contínuo da economia mundial a partir de 2003.
Depois da seqüência de crises internacionais que comprometeram o segundo governo FHC e da "Crise Lula" que fez o Dólar bater a casa dos US$ 4 às vésperas da eleição de 2002, a economia brasileira pôde finalmente gozar de um longo período de estabilidade e crescimento contínuo da economia mundial a partir de 2003.
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Em cinco anos as reservas cambiais brasileiras (saldo de Dólares que entram no país) pularam de US$ 30 bilhões, no final do Governo FHC, para 178 bilhões em 2007 chegando ao recorde de 235 bilhões no final de 2009.
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Estes números, no entanto, inflacionam os méritos do Governo, uma vez que sua contribuição para este crescimento é mais maléfica do que benéfica.
Estes números, no entanto, inflacionam os méritos do Governo, uma vez que sua contribuição para este crescimento é mais maléfica do que benéfica.
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Vejamos:
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O gráfico abaixo mostra o fluxo de dólares que entraram no país, responsável pelo acúmulo recorde de reservas cambiais das quais tanto se orgulha o Governo Lula.
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O gráfico nos mostra que tanto o saldo comercial quanto a valorização da bolsa de valores são méritos exclusivos do setor privado.
O gráfico abaixo mostra o fluxo de dólares que entraram no país, responsável pelo acúmulo recorde de reservas cambiais das quais tanto se orgulha o Governo Lula.
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O gráfico nos mostra que tanto o saldo comercial quanto a valorização da bolsa de valores são méritos exclusivos do setor privado.
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Ao Governo coube o imenso fluxo de empréstimos de dólares com a venda de títulos da dívida pública brasileira.
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Como resultado deste processo, a dívida externa que tinha baixado para menos de U$ 200 bilhões com o pagamento "antecipado" da dívida do FMI aumentou para US$ 243 bilhões já em 2007, enquanto que a dívida interna aumentou 40%, chegando a R$ 1,38 trilhões na mesma época.
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Explicando a "mágica" das reservas cambiais recorde:
Explicando a "mágica" das reservas cambiais recorde:
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US$ 40 bilhões entraram no Brasil como resultado do saldo positivo da balança comercial (diferença entre exportações e importações) impulsionado pela valorização no mercado internacional dos principais produtos de exportação do Brasil (comodities).
US$ 40 bilhões entraram no Brasil como resultado do saldo positivo da balança comercial (diferença entre exportações e importações) impulsionado pela valorização no mercado internacional dos principais produtos de exportação do Brasil (comodities).
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US$ 28 bilhões entraram no Brasil em investimentos na Bolsa de Valores, impulsionados principalmente pela valorização das ações de grandes empresas nacionais que se fundiram e ganharam mercado internacional, além das mega empresas Vale (que chegou ao posto de 2º maior mineradora do mundo) e Petrobrás que teve suas ações ainda mais valorizadas com a descoberta do Pré-sal e a alta do preço do barril de petróleo.
US$ 28 bilhões entraram no Brasil em investimentos na Bolsa de Valores, impulsionados principalmente pela valorização das ações de grandes empresas nacionais que se fundiram e ganharam mercado internacional, além das mega empresas Vale (que chegou ao posto de 2º maior mineradora do mundo) e Petrobrás que teve suas ações ainda mais valorizadas com a descoberta do Pré-sal e a alta do preço do barril de petróleo.
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US$ 80 bilhões entraram no Brasil através da compra de títulos das dívidas interna e externa (leia-se empréstimos do Governo ao mercado financeiro).
US$ 80 bilhões entraram no Brasil através da compra de títulos das dívidas interna e externa (leia-se empréstimos do Governo ao mercado financeiro).
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Somando-se, portanto, o total de US$ 148 bilhões resultante da soma dos três fatores acima citados com os US$ 30 bilhões de reservas deixados pelo Governo FHC chegamos aos comemorados US$ 178 bilhões de reservas em dezembro de 2007 (US$ 235 bilhões em novembro de 2009), um dos maiores "trunfos" do Governo Lula, um dos maiores "diferenciais" em relação ao seu antecessor FHC.
Somando-se, portanto, o total de US$ 148 bilhões resultante da soma dos três fatores acima citados com os US$ 30 bilhões de reservas deixados pelo Governo FHC chegamos aos comemorados US$ 178 bilhões de reservas em dezembro de 2007 (US$ 235 bilhões em novembro de 2009), um dos maiores "trunfos" do Governo Lula, um dos maiores "diferenciais" em relação ao seu antecessor FHC.
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Bom, se o governo já tinha o dinheiro para pagar a dívida externa, faltava apenas tirar o dinheiro da "poupança" e repassar aos gringos. Até hoje, no entanto, isso não foi feito e nem será nem neste nem no próximo Governo. Sobre este assunto, vamos falar um pouco mais no próximo fim de semana.
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Bom, se o governo já tinha o dinheiro para pagar a dívida externa, faltava apenas tirar o dinheiro da "poupança" e repassar aos gringos. Até hoje, no entanto, isso não foi feito e nem será nem neste nem no próximo Governo. Sobre este assunto, vamos falar um pouco mais no próximo fim de semana.
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Espero que o anônimo lulo petista procure se informar melhor antes de vir repetir como papagaio mal amestrado o que seu mestre manda, e quando quiser postar algum comentário mesmo que infantil e tacanha como o que postou o faça com a devida educação para que não seja "moderado".
3 comentários:
Parabéns pelo título da postagem, está perfeita!!!!
Eu realmente me exaspero com tamanha ignorância de quem defende cegamente Lula e sua corja.
Que ele tenha méritos, pode ser, mas daí ter feito milagres já é outra história.
Abraços
Laguardia,
Agora, achamos que o amigo não deve deletar ou moderar os comentários dos anônimos petistas, para que nós outros saibamos o que dizem.
Assim você deixa que os comentaristas que se identificam, que tem clareza e que não tem medo de expor às suas idéias, façam os comentários sobre elas, como no exercício salutar do contra-ponto.
Na realidade, podemos ter dúvidas de alguns pontos de vista, se não somos e nem queremos ser perfeitos, o que é natural numa democracia, quando o cidadão não tem medo de expressar ou escrever, mesmo sendo considerado de *babaca* pelos donos da verdade e se acham com o direito de não ter respeito pelos seus concidadãos. De até usar dos seus recursos financeiros financeiros ou de qualquer natureza para o seu bel prazer das falcratuas, distribuição, alhures, do dinheiro fácil,das corrupções entre amigos e poderes, das bolsas-voto ou bolsa-cocaína
ou das frequentes mentiras com intuito de enganar os ditos *babacas* por não se tornarem ladrões.A vida no Brasil está muito fácil, justamente para quem gosta de roubar, impunemente, o dinheiro do povo, onde os petistas anônimos se também não participam de tais práticas,são também transformados em os maiores *babacas* por não verem o óbvio e ainda tentarem justificar. Como o de justificar o injustificável e neste aspecto, até mesmo nós devemos ter orgulho ser considerados de *babaca* porque queremos viver e trabalhar num país decente, como um dever de cidadão para seus descendentes.
Att. Madeiro
Excelente texto. Mas infelizmente o petismo cresce por isso. Para explicar a situaçao real que estamos vivendo, precisamos recorrer a textos tecnicos e a especialistas que nao sao alcançados pelos ignorantes. Logo, o caminho mais curto para este camada é chorar com "Lula, o filho do Brasil" e acreditar que ele pagou a divida externa. Por isso Lula se utiliza de metaforas e comparaçoes com o futebol. Faz uma atrocidade no IRA, por exemplo, virar brigas de torcida. E os ignorantes que nao sao capazer de compreender o que esta acontecendo ali, acreditam.
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