segunda-feira, 24 de maio de 2010

Rodovias Precárias

As rodovias brasileiras necessitam de R$ 183,5 bilhões em investimentos para dar conta das demandas atuais. Deste total, apenas 13% estão contemplados pela primeira versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), segundo o estudo Rodovias Brasileiras: Gargalos, Investimentos, Concessões e Preocupações com o Futuro, divulgado nesta segunda-feira, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo diz, ainda, que mais de 65% das estradas federais encontram-se em um estado entre deficiente e péssimo e que apenas 12% estão pavimentadas. Um retrato que, segundo Campos, não condiz com a importância desse tipo de transporte, que é responsável pelo deslocamento de cerca de 60% das cargas transportadas nacionalmente. Fonte: Band

Esta é a situação do Brasil. Uma das maiores cargas tributárias do mundo (38% do PIB), batendo recordes de arrecadação de impostos, com um sistema de saúde precários, uma qualidade de ensino cada vez pior, sem segurança pública adequada, com o governo alegando que não tem recursos para corrigir o benefício dos aposentados e com uma infra estrutura em petição de miséria, conforme relatório do IPEA, órgão do governo federal.

Como se pode ver, 60% das cargas no Brasil são transportadas por rodovia. O péssimo estado de conservação de nossas estradas encarece os fretes rodoviários e em conseqüência os produtos que compramos.

As famosas obras do PAC só destinaram recursos para 13% das rodovias, e assim mesmo estão 70% atrasadas, segundo o relatório do IPEA.

Nossos portos também estão precisando de modernização e manutenção. O governo alega não ter recursos para isto.

Mas tem recursos para a modernização do porto de Mariel em Cuba e de recuperação das estradas cubanas.

O governo lulo petista coloca seus interesses ideológicos acima dos interesses do Brasil.

É este o governo que queremos para o Brasil?

2 comentários:

Ricardo Froes disse...

Esse problema de transportes é crônico no Brasil. Não sei por que, mas uma mentalidade coletiva enviezada parece reger todas as ações nesse campo. A nossa teimosia rodoviária vem de tempos imemoriais.

À época do Sarney, lembro bem, não se investia em transporte fluvial e marítimo por causa da inflação. Apesar de ser mais barato, a lentidão das embarcações fazia com que o produto saísse por um preço e, ao chegar a seu destino, dias depois, valer a metade.

As ferrovias sempre foram preteridas por serem consideradas não rentáveis. O argumento era sempre o mesmo: um trem que fosse carregado so Sudeste para o Nordeste, por exemplo, voltaria vazio, não justificando o investimento na construção de uma ferrovia ( essa “teoria” absurda me foi transmitida – pasmem – por um engenheiro ferroviário que trabalhava no Ministério dos Transportes, também no governo Sarney).

O que eles sempre esqueceram é que a variedade e a qualidade dos transportes leva e traz progresso, não importando se agora vai dar lucro ou não. Mais cedo ou mais tarde a coisa vai acabar funcionando. De mais a mais, desde quando um governo tem que visar o lucro?

Os tempos são outros, mas a mentalidade continua a mesma. Falta raciocínio e sobra burrice.

Ricardo Froes disse...

Um bom vídeo sobre o tema em http://tomauma.blogspot.com/2010/05/trouxas-do-brasil-paguem-seus-impostos.html.