Fonte: Blog do Ricardo Noblat
De Merval Pereira:
O presidente Lula alardeia sempre que pode que quer fazer uma campanha sucessória plebiscitária, na qual o povo poderá escolher entre "eles" e "nós", referindo-se ao seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mas, se a análise histórica for menos imediatista, o seu mandato até o momento sai-se muito mal na foto no que se refere ao crescimento do PIB, a despeito do alto conceito que Lula tem a respeito de si próprio e de seu governo.
O professor titular de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Reinaldo Gonçalves fez um estudo sobre a evolução da renda no Brasil segundo o mandato presidencial, mostrando a performance da economia brasileira em 120 anos de História da República (1890 a 2009), com comparações não apenas a nível interno, entre os períodos, como também em relação à participação na economia mundial.
Em ambos os critérios, o governo Lula pode ser considerado medíocre. A taxa média de crescimento real do PIB brasileiro é, nesse período, de 4,5%, e a taxa do governo Lula é de 3,6%, ficando em 21 lugar entre 29 governos.
Mesmo que em relação ao governo de seu arquiadversário o crescimento tenha melhorado — o governo Fernando Henrique teve uma média de crescimento do PIB de 2,29% —, a participação média do PIB do Brasil no PIB mundial caiu de 2,93% no governo FHC para 2,74% no governo Lula.
Segundo o trabalho do professor Reinaldo Gonçalves, no conjunto de 29 mandatos, o governo Lula (2003-09) tem até o momento a nona taxa mais baixa de crescimento econômico.
O fraco desempenho do governo Lula implica que o país precisaria de 20 anos para duplicar o seu PIB, quando a taxa secular é de duplicação do PIB em 16 anos.
Um comentário:
Prezado Laguardia, grato por acompanhar o Grey Noise (http://grey-noise.blogspot.com/), com assuntos voltados à mídia e variedades, e o "Burrisse Naçional" (http://burrisse.blogspot.com), sobre a política brasileira.
Até mais.
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