Transcrito de Blog do Noblat
De Leila Suwwan:
A quebra de sigilo bancário na investigação do caso Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) rastreou a triangulação financeira realizada para, supostamente, abastecer um caixa dois do PT nas eleições de 2002. A análise preliminar das movimentações da consultoria Mizu, considerada uma da fachadas do esquema, revela que cheques contabilizados internamente pela consultoria como doações ao PT não chegavam diretamente ao partido. Esses valores voltaram à Bancoop, que, por sua vez, repassava o dinheiro ao PT.
O objetivo desse caminho tortuoso, segundo a investigação, seria mascarar a doação ao PT e dificultar o rastreamento dos recursos. Para o Ministério Público de São Paulo, o sistema "mascarava doações eleitorais ilegais", feitas a partir de saques em dinheiro.
A partir de um controle bancário interno, fornecido por uma testemunha que trabalhou na empresa Mizu Gerenciamento e Serviços S/C Ltda, a promotoria buscou o destino de seis cheques, quase sequenciais, emitidos em outubro de 2002 e registrados como "Doação P.T."
Descobriu-se que os números, datas e valores dos cheques conferiam com o extrato da conta. Foram achados os verdadeiros destinatários, já que as contas do PT não registravam essa receita. Três dos cheques, totalizando R$ 14.450, foram destinados de volta à Bancoop. Dois não foram encaminhados, e um, recebido por pessoa física, cujo nome é mantido em sigilo. Leia mais em; Bancoop: MP investiga indícios de triangulação para abastecer caixa dois do PT
Nenhum comentário:
Postar um comentário