Por quem Dilma verteu lágrimas durante a posse dos membros da comissão da verdade?
Provavelmente se lembrou dos tempos em que ficou presa, provavelmente se lembrou das sessões de tortura que diz ter passado. Provavelmente se lembrou dos "companheiros" de armas que tombaram lutando pela implantação no Brasil da ditadura do proletariado nos moldes cubanos.
Sim, porque quem viveu aquela época sabe muito bem que a guerrilha nunca desejou nem lutou pela democracia no Brasil, e sim por um regime socialista ditatorial nos moldes de Cuba ou da Albania.
Dilma chora a perda dos companheiros mortos.
Dilma certamente não chora pela dor da mãe que perdeu o filho de dezenove anos, Mário Kozel Filho, morto num atentado terrorista.
Dilma não chora pelos familiares da dona de casa Alzira Baltazar de Almeida, vítima de uma bomba lançada contra uma viatura policial estacionada.
Dilma não chora pela família de Wenceslau Ramalho Leite, assassinado por Fausto Machado Freire durante o roubo do carro do civil assassinado.
Dilma não chora pela família de Alberto Mendes Júnior, morto a coronhadas por Lamarca.
Dilma não chora pela família de Charles Rodney Chandler, executado na frente de sua esposa e três filhos menores, sem o direito a um julgamento e a defesa.
Devemos chorar sim, por todos os que perderam a vida por uma causa inútil. Por uma causa que visava a manutenção ou a instalação de uma ditadura no Brasil.
Vamos deixar de hipocrisia. Vamos assumir a verdade. Só a verdade nos liberta. Precisamos de reconciliação nacional, não de revanchismos. Precisamos de arrependimento e perdão de lado a lado.
Dilma deve chorar sim, mas pelos que perdem a vida sem assistência médica adequada nas filas do SUS. Dilma deve chorar pela péssima qualidade do ensino público no Brasil.
Dilma deve chorar pelos trabalhadores que sofrem com o transporte público desumano em nossos grandes centros.
Dilma deve chorar pelo dinheiro público desviado em benefício de seus aliados.
Chore Dilma pelo Brasil de hoje que sofre vítima do desmando de seu governo.
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