Transcrito do JornalJá
Na próxima quarta-feira, no feriado de 7 de setembro, pessoas de todo o Brasil pretendem realizar um protesto contra a corrupção no país. A ideia da mobilização começou em São Paulo e se espalhou pelo site de redes sociais Facebook.
Internautas de todos os estados demonstraram interesse em participar da manifestação e o ato deve acontecer em todas as capitais e nas principais cidades.
Segundo organizadores do movimento, as confirmações praticamente dobraram depois que a Câmara de Deputados arquivou o processo contra a deputada Jaqueline Roriz, acusada de quebra de decoro no caso do Mensalão do DEM em Brasília.
Os manifestantes planejam mostrar faixas pedindo a CPI da Corrupção; a aplicação e efetivação da Lei da Ficha Limpa em 2012; a cassação de mensaleiros e outros políticos com crimes comprovados; e aprovação do projeto de lei Políticos sem sigilos.
Em Porto Alegre os manifestantes têm como ponto de encontro o Monumento aos Açorianos, na Avenida Loureiro da Silva. A partir das 9h.
Segundo a estudante Carla Zambeli, uma das organizadoras em Porto Alegre, foi combinado para que se use roupa preta, como se estivessem de luto pelo país, ou verde-amarela, em sinal de patriotismo. Os próprios manifestantes estão arrecadando dinheiro para compra de material, como tinta e faixas.
Maiores casos de corrupção do país em 20 anos ainda tramitam na Justiça
( Agência O Globo)
As dez maiores denúncias de corrupção das duas últimas décadas se arrastam nos tribunais do País sem um veredicto final. Das 841 pessoas mandadas para o banco dos réus, apenas nove (1,1%) foram condenadas definitivamente e apenas 55 (6,5%) chegaram a ser condenados em alguma instância, sem conseguir anular a pena ou recorrer em liberdade.
O caso mais antigo da lista é o que levou ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor, no fim de 1992. Dezenove anos depois, as denúncias ainda são alvo de uma ação em andamento, contra seis acusados de extorsão e formação de quadrilha.
Collor perdeu o cargo, mas foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e hoje é senador pelo PTB de Alagoas.
Suspeito de desviar emendas parlamentares no caso dos Anões do Orçamento, de 1993, o ex-deputado federal Ézio Ferreira (PFL-AM, atual DEM) ainda responde por lavagem de dinheiro.
O deputado Paulo Maluf (PP-SP) é procurado pela Interpol e não pode viajar ao exterior para não ser preso, mas nunca foi condenado definitivamente no Brasil por fraudes em sua gestão como prefeito de São Paulo.
Acusados de desvios no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e na Sudam, Luiz Estevão e Jader Barbalho deixaram o Senado e chegaram a ser presos, mas hoje planejam voltar ao Congresso.
A Operação Anaconda, contra a venda de decisões judiciais, resultou na prisão do ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos. Dois juízes e um procurador da República se livraram sem julgamento ou converteram a pena em multa.
O mensalão, que derrubou o ex-ministro José Dirceu em 2005, só deve ser julgado no ano que vem.
O chamado mensalão do DEM, que derrubou José Roberto Arruda do governo do DF em 2010, é o caso mais atrasado. O Ministério Público promete denunciar os acusados até o fim do ano.
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