segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Visão do Leitor

ROUPA SUJA NO JUDICIÁRIO


A Ministra Eliana Calmon, corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça, está colocando magistrados, não todos, em pânico. 

Por que será? Afinal, ela apenas verbalizou, no exercício de suas funções, o que todo mundo cá fora já sabe: que dentro do poder Judiciário, como em qualquer instituição composta por seres humanos, existem profissionais de conduta desonesta. 

Ademais, o poder judiciário é de um corporativismo granítico que não aceita críticas, ainda que as mesmas sejam fundadas em fatos reais. 

A propósito, podemos citar dois exemplos clássicos de magistrados que ficaram à margem da lei e entraram para a banda podre de tão importante poder. Um é o tristemente famoso Lalau que afanou mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos e até hoje não devolveu quase nada. Ou nada. 

O outro é o juiz paulista João Carlos da Rocha Matos, de São Paulo, que gostava de fazer negociatas com sentenças, segundo farto noticiário da imprensa. 

E qual a punição máxima para o juiz que sai da legalidade? Aposentadoria com remuneração como se na ativa estivesse. Punição ou premiação?


Enfim, se alguém se sentiu incomodado é porque a carapuça lhe serviu.


José Miguel Monteiro

Por e-mail

Nenhum comentário: