sábado, 15 de agosto de 2009

Repassando uma Denuncia


Copiado na integra de Momento Brasil

Recebí o texto abaixo da amiga Cida e, como trata-se de uma denúcia, resolví publicá-la e quem quiser copiar e públicar está autorizado, desde que informe a fonte.

"Não sou muito de mandar post de blog até porque vocês também leem. Mas este eu achei importante demais para que se perca por ser em uma sexta-feira dia da cervejinha.
A cada minuto perdemos um pouca da liberdade.
Estão usando a tática da "água mole em pedra dura tanto bate até que fura". Tentam, não dá certo recuam, deixam o tempo passar e voltam até que isto aqui vire um "Venezuelão".
Não sei por quanto tempo o que resta da mídia ainda independente vai resistir.
Ela está sendo asfixiada. Propaganda de bebida - não pode; Propaganda de cigarro - não pode; Propaganda de remédios - não pode; Propaganda de alimentos infantis - não pode e vai por aí. Como elas precisam da publicidade para sua sobrevivência, até porque a internet fez diminuir a venda nas bancas e a TV está meio chata, o controle está pronto.
É so apertar a tecla "stop". Como bem diz o Reinaldo, Lula não faz o mesmo que Chavez não porque não queira - é porque não pode - AINDA! "NÃO HÁ DIÁLOGO POSSÍVEL COM OS INIMIGOS DA LIBERDADE DE IMPRENS
Asexta-feira, 14 de agosto de 2009 16:28 .
Prometi voltar ao assunto da Confecom, a tal Conferência de Comunicação de Lula e Franklin Martins. Qual era o busílis? Os dois bonitões tiveram uma idéia genial: juntar governo, ONGs, entidades da sociedade civil e empresas para discutir a comunicação no Brasil e consolidar propostas a serem enviadas para o Congresso. É mesmo? Comovente! Brinco que Confecom lembra nome de exame laboratorial cujo material se envia numa latinha.
Uma reunião desse gênero está cheia de coliformes ditatoriais. Até compreendo que as entidades empresariais tenham, de início, topado a iniciativa. Queriam demonstrar, creio, que não alimentam preconceito de nenhuma natureza, que aceitam conversar com todas as correntes etc.
Há uma questão de ordem e de princípio: se estamos todos juntos, vamos lutar a favor do quê? Ou contra o quê? Qual é a pauta da conversa entre ONGs formadas para combater a propriedade privada de empresas de comunicação e os donos dessas empresas?
Qual é o meio do cominho entre a corda e o pescoço?
Eu respondo: uma corda posta permanentemente no pescoço, pronta a ser acionada. Chegamos ao ponto.
Na tal Confecom, governo, entidades da sociedade civil e ONGs nada mais são do que faces distintas de um partido. Vamos lembrar a lição: o lulo-petismo não segue os passos de Chávez não porque não queira, mas porque não pode.
As instituições, por enquanto ao menos, não permitem. Isso não quer dizer que essa gente não tente permanentemente solapar as regras da democracia e do estado de direito. É o que chamo de bolivarianismo light.
O governo Lula tentou, por meio do sindicalismo laranja, criar o tal Conselho Federal de Jornalismo — que, na prática, funcionaria como um Conselho de Censura do Petismo. Deu com os burros n’água.
Aí Franklin Martins decidiu criar a Lula News, que prometia revolucionar o jornalismo. Deve ser o traço mais caro da TV mundial. Verba publicitária do governo e de estatais é usada de modo descarado, acintoso, para financiar o subjornalismo amigo — e até blogs que optam pela delinqüência descarada. Ongueiros que mal disfarçam o viés partidário tentam criar limites crescentes à publicidade das empresas privadas. Já há gente querendo proibir propaganda de biscoito.
Todo esforço, em suma, é feito para pôr a corda no pescoço das empresas de comunicação. E elas, inicialmente, pareciam dispostas a dialogar com a corda.
“Vamos ver o que eles querem, qual é a sua pauta”.
E a pauta dessa gente é uma só: o tal “controle social dos meios de comunicação”. Na prática, isso significa submeter a comunicação a um comitê de representantes do “povo”.
Como o “povo” é uma entidade abstrata, sem endereço, sindicalistas e ongueiros se oferecem para representá-lo: “O povo somos nós”.
As propostas autoritárias veiculadas em seus fóruns de debate vão assumindo as mais diversas tonalidades do autoritarismo: da revisão das concessões de TV, passando pela criação de um fundo para financiar empresas públicas de comunicação, chegando a um comitê censor, há loucura para todos tamanhos de camisa-de-força.
O que os une? O ódio à liberdade de imprensa e à livre iniciativa. O que há a conversar com esses caras? Nada! Têm é de ser combatidos e desmascarados. Lula quer debater a comunicação no Brasil? Sugiro que comece pela concessão de uma rádio ao filho de Renan Calheiros no mesmo dia em que este gigante moral comandava uma baixaria inédita no Senado.
Pois bem: a ficha das empresas caiu, e elas se retiraram da tal conferência. Descobriram que, com a corda, não se negocia. Os verdugos da liberdade de imprensa têm é de ser combatidos e, se possível, destruídos.
A democracia não tem de negociar com quem pretende solapá-la usando os instrumentos que ela própria oferece.Diálogo de carrasco com vítima é a cabeça.
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Por Reinaldo Azevedo(Cida Fragahttp://cantinho_dos_sonhos.zip.net/ )./.

3 comentários:

Blog Fugindo da Crise disse...

Laguardia, e incrivel como tentam nos impor as coisas aos poucos, e realmente uma arte na manipulação dos individuos. Somente queria citar que ainda temos 503 dias de aprisionamento e lamentações, nao podemos nos calar, senao, eles fazem a festa... infelizmente, somente a internet, tem o poder de divulgar informações para individuos pensantes....

José de Araújo Madeiro disse...

Laguardia,

Segundo as teses de Gramsci, você, não, desculpe-nos, eles teriam que destruir a democracia por dentro, para chegar ao status quo da ditadura da esquerda escocesa. O último passo, seria o modelo cultural, envolvendo a imprensa e a intelectualidade do pais. É este o ponto pacífico e diferencial, que não deve abrir espaço para penetração do Lula. Lembre-se que existe um marco decisivo entre a cultura ocidental, livre e democrática e a oriental marcada de ditaduras, radicalismos diversos, até religiosos.

Com tais observações não devemos ceder espaço nessa questão ou estamos perdidos. Lula é sem adjetivos como pessoa e como líder.

Att. Madeiro

Marc disse...

Qui que os escoceses tem a ver nessa história?
Um povo que há séculos luta pela sua independencia da altiva Albion.