segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Verdade sobre o Nióbio no Brasil - Parte 3

Ainda com relação ao nióbio, num destes e-mails o autor afirma: O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 - $ 90,00 = $ 138,57.

Esta afirmação não tem sentido.  Não existem preços oficiais ou publicados para nióbio ou tântalo, estes metais não são comercializados em nenhuma bolsa de vendas (Bolsa de Londres ou qualquer outra). O preço é diretamente negociado entre o vendedor e o comprador. Fonte: http://tanb.org/niobium.

Concluímos, portanto, que a informação sobre o preço do nióbio ser determinado pela bolsa de Londres é totalmente falsa.

Além do mais, a maior produtora mundial de nióbio, a CBMM, comercializa diretamente seus produtos através de suas subsidiárias no exterior.

A CBMM é a única produtora de nióbio com presença em todos os segmentos de mercado. Com subsidiárias na Europa (CBMM Europe BV - Amsterdam), Asia (CBMM Asia Pte - Cingapura) e na América do Norte (Reference Metals Company Inc. - Pittsburgh), a CBMM dedica atenção especial aos consumidores, onde quer que estejam no mapa-mundi.  Fonte: http://www.cbmm.com.br/portug/index.html

Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do país? As maiores reservas de Nióbio no mundo, estão na agora intocável Reserva Raposa-Serra do Sol em Roraima.

O autor não indica sua fonte de informação dom relação ao custo de produção. Mas considerando que as duas empresas, tanto a de Catalão como a CBMM, são empresas particulares que visam lucro e têm seus balanços publicados anualmente, vê-se que a afirmação de que operam com prejuízo, (custo de produção maior do que o custo de venda), é totalmente despropositada.

Acredito que com estes três posts sobre o Nióbio no Brasil possamos colocar uma pá de cal definitivamente sobre estes argumentos extremamente inverídicos que circulam na web.

Os leitores devem sempre verificar as fontes de informação que chegam através da internet, porque, infelizmente, nem todos os internautas são pessoas sérias, éticas, que trabalham com a verdade dos fatos. 

2 comentários:

Anônimo disse...

As postagens ajudaram, mas não explicaram muita coisa e não justificam outras. Por exemplo: se o país tem 80% das reservas mundiais, seja o minério negociado em bolsa ou não, deveria ditar o preço (seja o Estado ou seja a empresa privada que explora isso). Além disso, se o minério é tão importante, onde está a riqueza por ele gerada? Onde estão os bilionários exploradores do nióbio? Talvez atuando de maneira paralela e não declarada. Veja que minas de nióbio já foram citadas até mesmo por barões relacionados a escândalos do Governo. A verdade é que o nióbio e sua exploração continuam um mistério e que esse dinheiro, que deveria ser muito, não aparece nem é declarado.

Anônimo disse...

Se o país usufruisse do Nióbio como deveria, nós com certeza seríamos pioneiros em TUDO.

Por exemplo, apenas no setor aero-espacial, onde se tem a maior utilização do Nióbio, o Brasil poderia fazer 10x o trabalho que a NASA (a melhor agencia aeroespacial mundial). Fora que as pesquisas em TODOS os setores estariam bem mais avançadas. A Saúde seria boa, a educação também. O transporte público seria efetivo e o Brasil até poderia pensar em sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, pois do jeito que o Brasil está atualmente, não teríamos preparo para sediar eventos deste porte.