Petistas mistificam dados e ignoram passado Lula e Dilma dão ênfase a quantidades, em detrimento de pertinência e relevância Se não se trata de uma mentira em busca de ser verdade à custa de tanta repetição, é um exemplo sintomático do tipo de comparação de feitos que o PT parece querer imprimir à campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff: que dá ênfase a quantidades, em detrimento da pertinência, recorre a números de consistência ou relevância duvidosa e, principalmente, ignora as contribuições do processo histórico. Das 13 universidades contabilizadas pelo Planalto como obra sua, 9 são mero resultado de fusão, desmembramento ou ampliação de instituições federais de ensino superior inauguradas por outros presidentes -que, em sua época, também se valeram de estruturas preexistentes mantidas por Estados, municípios e empresas privadas. A se levar a sério o levantamento do Ministério da Educação que sustenta a propaganda oficial, Juscelino Kubitschek supera o ritmo de Lula, com dez universidades em cinco anos de mandato. Até o arquirrival FHC, já acusado pelo petista de não ter criado nenhuma, conta com seis no documento. A retórica de campanha deixa de lado dados e argumentos para defender a necessidade de mais universidades ou demonstrar seus efeitos na produção acadêmica nacional. A inauguração de instituições é apresentada com um fim em si mesma e evidência de uma nova era. "Tudo o que a gente puder fazer pela educação ainda é pouco diante da quantidade de anos em que nós não fizemos nada", nas palavras de Lula. Sem a mesma verve do presidente, a ministra da Casa Civil se vale de um tom bem mais tecnocrático. "Até 2003 tinham sido construídas no Brasil 140 escolas técnicas profissionalizantes, e só no governo Lula já foram feitas 140, com a previsão de construção de mais 74. É esse tipo de comparação a que me refiro". Tanto detalhamento está longe de significar precisão. As escolas federais criadas até 2009 foram pouco mais da metade do anunciado -e o número de matrículas, no período, cresceu apenas 20%, bem abaixo dos 45% na rede estadual. Mais importante, omite-se que, na divisão consagrada de tarefas entre os entes federativos, o ensino profissionalizante cabe preferencialmente aos Estados, onde estão 30% dos alunos, o triplo do bolo federal, enquanto 55% das matrículas estão no setor privado. A ampliação da participação direta da União não é consensual entre os especialistas. Combinação de preferência ideológica e conveniência eleitoral, todas as realizações reais e imaginárias citadas nos palanques petistas convergem para a apologia do papel do Estado e do gasto público, numa estratégia já empregada com sucesso no pleito de quatro anos atrás. Na época, o neoliberalismo, embora adotado com convicção pela primeira equipe econômica petista, foi o vilão escolhido. |
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O HOMEM NO MUNDO - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
- Postado por Vi Meirim em 25 novembro 2011 às 18:00
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