segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O que está acontecendo conosco?

Auditorias concluídas nos últimos quatro anos pela CGU (Controladoria Geral da União) revelam que a Funasa foi vítima de desvios que podem ultrapassar a cifra de meio bilhão de reais. 

O órgão está sob comando do PMDB desde 2005 e é o principal alvo do partido na guerra por cargos no segundo escalão do governo Dilma.  Fonte: Folha.com

O que está acontecendo conosco?

Sabemos que a saúde pública no Brasil está abaixo da crítica. Sabemos que as pessoas mais necessitadas sem recursos para pagar um plano de saúde particular penam nas filas do SUS e muitas vezes falecem sem receber o tratamento médio ao qual têm direito.
Ainda assim elegemos estes criminosos que brigam por cargos em órgãos públicos não para servir ao povo, mas para se servir dele em causa própria.

Votamos em uma candidata do ex-presidente que queria por todos os meios limitar a ação da Controladoria Geral da União que tem auditado e denunciado ao público estes abusos.
Votamos em quem quer censurar a imprensa para que o povo não venha a saber que está sendo roubado diáriamente.

O que está acontecendo conosco que não nos indignamos nem nos revoltamos contra esta falta de ética, de moral, de caráter de nossos representantes?
Por que Paulo Maluf recebe tantos votos? Por que José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello e tantos outros corruptos são eleitos?

Por que elegemos um poste para nos governar? 

Um comentário:

Ricardo Froes disse...

Nós votamos no poste não, Laguardia... é muita gente. Eu não votei e tenho certeza que você também não.

Mas me diga se você acha que essa eleição foi honesta, com Dilma fazendo campanha por mais de dois anos, com Lula fazendo campanha para Dilma, inaugurando 1% de obra pronta, dinamitando maquetes, fazendo comício em velório, com a Caixa Econômica Federal liberando grana do bolsa família “por engano” a um mês das eleições, com a Justiça entre a venalidade e o medo e com toda a máquina do governo trabalhando pela perpetuação da espécie dos petralhas.

Com um aparato de ilegalidades impunes como esse, até eu, que sou mais burro, seria eleito.

Não se trata de choro de derrotado, até porque a minha vontade de votar no Serra era nenhuma, superando apenas o nojo – que sou capaz de justificar, ítem por ítem – que nutro por essa turma do PT. Eu prego apenas a assepsia política e, tenho a certeza de que enquanto houver petralhas, haverá sujeira.