Minha mulher e eu somos aposentados; fazemos parte daqueles que ganham acima de um salário por ter ralado a vida toda pagando o teto máximo.
Temos, ainda bem, uma casa que foi financiada pelo extinto BNH, aquela "cria da ditadura militar".
Minha rua não é calçada e basta atravessa-la para se ver toda a miséria que piora quando chove: deslizamentos de morros, inundações e mortes que poderiam ser evitadas, se essa podridão de poder público fizesse um mínimo necessário e não viesse correr atrás do prejuizo com argumentos de fatalidade.
Ninguém faz nada para impedir o desmatamento, a construção de casas em locais de risco, o descarte de lixo nos canais, com medo de perder votos.
Aí vem, milagre! o supremo apedeuta sobrevoar o desastre, dentro de um avião com ar condicionado e bebida e comida à vontade e prometer liberar dinheiro que nunca chega.
A assistencia aos miseráveis sempre acaba partindo de ouros miseráveis que doam o que podem ou nem podem.
A grana para prevenção foi-se pelo ralo da corrupção e pelos fundos eleitorais.
Entra ano e sai ano e a desgraça continua a mesma.
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