quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Visão do Leitor


Blogger JPM disse...

Olá,

Como a gente apenas consegue respeitabilidade tratando as coisas com isenção, eu pergunto qual era a carga tributária no governo FHC? Já que, à época, os serviços prestados à população, um pouco melhor aqui, um pouco pior ali, eram idênticos. Igualmente os aposentados reclamavam...

Nada melhor do que um gráfico para responder a esta sua pergunta. Como se pode observar a carga tributária no Brasil não começou na era Lula. Já vem de muito tempo. Na era FHC a nossa carga tributária cresceu muito.

Os serviços prestados a população não melhoraram em nada. O serviço público de saúde piora a cada dia. A qualidade de ensino também a ponto de se tornar difícil encontrar mão de obra qualificada. O povo continua sendo transportado como animais nos transportes públicos urbanos. O transito em nossas cidades piora dia a dia. Nossas estradas sem melhora e sem manutenção oneram o custo de transporte. Nossos portos estão abandonados. Nossa estrutura aeroportuária é um caos. A seguridade social nem se fala.


Dizer que um país que tem carga tributária de 36,5 cobra menos impostos que um cuja carga é de 38,8... francamente. Alemanha, Inglaterra, Portugal, Espanha e Nova Zelândia têm carga tributária semelhante com a brasileira, cfe. quadro acima. (o leitor está se referindo ao quadro comparativo da carga tributária em outros países conforme post abaixo).

Concordo que Alemanha, Inglaterra, Portugal, Nova Zelândia tenham cargas tributárias semelhantes a brasileira. No entanto o debate aqui se refere a como esta carga tributária é utilizada em benefício do povo. Não me importaria de pagar uma carga tributária de 50%, como na Dinamarca, se tivesse do governo os mesmos benefícios do povo dinamarquês. A questão é, para onde está indo todo o dinheiro arrecado pelo fisco brasileiro, uma vez que, sabidamente, não tem se revertido em benefícios para a população.

Um argumento que se pode levantar é que os custos médicos tem aumentado do mundo inteiro, devido ao desenvolvimento de novas drogas, novos equipamentos e novas tecnologias. Mas deveríamos comparar o percentual do PIB gasto com saúde com outros países, mas isto é assunto para um outro post.

Quanto aos EEUU, não faz muito eram tidos como um país de fabulosa assistência à saúde...inclusive para estrangeiros. As notícias, todavia, que pulularam na mídia internacional, recentemente, mostraram um quadro muito pior...

A experiência que tenho com o programa público de saúde vem de informações de minha irmã, meu pai e de primos que residem nos Estados Unidos. Meu pai, com 90 anos de idade, recebem em casa os medicamentos fornecidos pelo governo, sem custos, por ser ex combatente. Consultas médicas e hospitalares, também sem custos, sem falar em uma linha telefônica exclusiva para contato com o serviço de saúde pública 24 horas por dia.

Pergunte a qualquer ex combatente brasileiro da FEB (Força Expedicionária Brasileira) da Segunda Guerra Mundial qual a assistência que recebem do governo em termos de saúde.

Crianças recém nascidas, mesmo filhos de imigrantes ilegais, recebem assistência médica inclusive leite em pó gratuitamente durante um período.

É verdade que os custos da assistência médica tem aumentado e o governo procura novas e melhores formas de assistência a saúde, que foi a promessa de campanha de Barak Obama.

Não sou a favor dos altos impostos, todavia, não é lá que reside o problema do Brasil e do mundo.

Até o dia 25 de maio os brasileiros trabalharam para pagar impostos - metade sonegada que fica com o Poder Econômico - apartir do dia 30 de maio até o dia 31 de dezembro trabalharemos para sustentar o luxo, as mordomias e a ostentação de não mais de 5 mil famílias brasileiras.

Não concordo com seu ponto de vista neste caso. É verdade que até 25 de maio trabalhamos para sustentar o governo, sem receber os benefícios provenientes destes altos tributos. Não vejo nada de mais em pessoas que trabalham honestamente e que criam para si o que entendemos ser foturnas. Admiro os que através do trabalho honesto vencem na vida e podem desfrutar de luxo, mordomias e ostentação. Com a estabilidade econômica e o desenvolvimento do Brasil este número de 5 mil familias está aumentanto e vai aumentar ainda mais.

Só como um exemplo, nos países escandinavos, nos Estados Unidos e em outros países, a diferença do salário de um alto executivo e de um operário é muito pequena se comparado com o Brasil. É para um sistema destes que temos de lutar e não o de nivelar todos por baixo.

Estas põe no poder quem querem e lá mantêm quem lhes interessa e tiram sangue e suor do brasileiro trabalhador, esta é a grande verdade, tudo mais é cortina de fumaça - que joga explorados contra explorados, e os exploradores continuam livres para nos explorar - para o bem-estar destas 5 mil "abençoadas" famílias.

Não há nenhum interesse do socialismo em aumentar este número de 5 mil familias, já que os dirigentes petistas fazem parte, agora, deste núcleo. O que vejo é que em países capitalistas há mais justiça social do que nos socialistas.

Saúde e felicidade.

Só tenho a te agradecer por manter um nível elevado de debate trazendo contribuições valiosas como estas que só nos levarão a refletir melhor quais as soluções para os problemas que nosso Brasil enfrenta.

São opiniões embasadas na realidade e nos fatos, como as que você tem expressado nos seus comentários que enriquecem o debate.

Mais uma vez muito obrigado e espero que você continue sempre participando.

2 comentários:

PoPa disse...

Tem mais uma conta que ninguém faz. O próprio governo afirma que os índices de sonegação são altos e que atingem uns 20% da economia. Isso quer dizer que, se todos os impostos fossem pagos, a carga seria de 60%?

Laguardia disse...

Boa pergunta PoPa