quinta-feira, 3 de junho de 2010

Saúde Pública no Brasil

Continuando o debate do post abaixo, mostramos aqui uma tabela comparativa de quanto cada país gasta, em percentual do seu PIB, com a saúde pública.

Constatamos que o Brasil apesar de arrecadar em impostos 38,8% do PIB, direciona para a saúde pública apenas 7,6% do PIB.

Considerando a precariedade dos serviços públicos oferecidos a população, tais como saúde pública, qualidade do ensino público, o transporte público, a segurança pública, a seguridade social, o estado de nossa infra estrutura rodoviária, ferroviária, aeroportuária, dos portos etc. pergunto, onde é que o governo está aplicando todo este dinheiro?

2 comentários:

Ricardo Froes disse...

Laguardia:

Já que o assunto é a carga tributária comparativa entre FHC e Lula, tem um gráfico elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário em http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/impostos-carga-tributaria/contexto2_g4.html, que mostra que em 1997/98 o brasileiro trabalhava 100 dias só para pagar impostos e hoje são 148 dias.

O artigo do Merval Pereira hoje no Globo também é muito elucidativo sobre o assunto.

Ricardo Froes disse...

Aí vai um resumo do artigo do Merval Pereira

Por menos impostos - Merval Pereira

O GLOBO - 03/06/10

Você acha que o brasileiro médio trabalhar 148 dias só para pagar os impostos para os três níveis de governo é um escândalo? Pois acredite: ainda tem gente que não acabou de pagar. Os que ganham até dois salários mínimos gastam exatos 197 dias. Numa demonstração clara da injustiça do sistema implantado, quem ganha mais de 20 salários trabalha 102 dias para o governo, quase a metade. O cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise, é um especialista em destrinchar o comportamento do brasileiro comum através de pesquisas.
(...)
Pelos estudos do Ibope, quem ganha até dois salários mínimos tem uma carga tributária de 54%, enquanto quem ganha mais de 30 salários paga 29%.
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Para as famílias que ganhavam até dois salários mínimos por mês, o peso da CPMF era de 2,19% da renda total mensal, ao mesmo tempo em que para as famílias que ganhavam mais de 30 salários mínimos, esse índice era de 0,96% da renda total mensal.
(...)
Fora o fato de que não existe país que tenha carga tributária tão baixa, Alberto Carlos Almeida rebate o raciocínio do presidente com outra afirmativa: “Com 10% de carga tributária não existe Estado, mas com 40% não existe sociedade”. Para o cientista político, a carga tributária excessiva está estrangulando a sociedade, e o próximo passo para o país se transformar em grande potência tem que ser a mudança do padrão de taxação.